ÚLTIMO!!

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Narrador...

Realizada

Era assim que Soraya se sentia após se formar na profissão que tanto admira, embora não tenha sido fácil para ela, estudar e cuidar da família ao mesmo tempo, com a ajuda do marido foi tão significativo e admirável ver que realmente ele estava a ajudando a realizar uma das coisas que a loira mais queria.

Um dos dias mais importantes da sua vida, foram o nascimento de seu filho, e a algum tempo atrás, sua formatura, quando pôde enfim tocar seu diploma. Sua família, ou mais precisamente, sua mãe, sua sogra, seu marido, e seu filho já crescido, a aplaudindo da primeira fileira, tendo seus corações cheios de orgulho pela loira.

Principalmente César. Este que já não precisava de mais nada, sua família, seu filho, sua mulher já o bastavam. Enchia o peito, orgulhoso ou nem tanto ao dizer que era o homem mais feliz da face da terra. Soraya ainda temia dizer isto, que era a mulher mais feliz do mundo. Tinha medo das consequências, sabia dos inúmeros casos de violência contra as mulheres, em especial as que tiveram uma visão bem diferente da realidade após se casarem com seus respectivos parecidos. Iludidas, se podemos assim dizer.

Ao andar pelos corredores da empresa Thronicke Batista com um envelope em mãos que acabou de pegar na recepção, Soraya o lia atentamente, apesar de estar andando em direção ao elevador. Após entrar na caixa de metal, enfim conseguiu ler o resultado que ela aguardava.

"Estou grávida."

Pensou a loira, e confirmou essa hipótese após ver o positivo no papel. Ficou pasma, se encostou na parede do elevador, enquanto seus olhos estavam parados, olhando para a porta do elevador se abrirem.

-eu tô...- olhou para sua barriga coberta pelo blazer e a blusa social. -grávida...estou grávida!

Não sabia dizer o que sentiu naquele momento de descoberta, se estava se sentindo feliz ou insegura. Talvez até mesmo os dois. Sua primeira gravidez não foi nada fácil de lidar, até porque, Soraya e César não tinham uma boa relação, brigas diariamente, ciúmes possessivamente encobertos.

Mas claro, agora é totalmente diferente. Ambos se amam. Ambos não tem nada o que esconder um do outro. Ambos são uma só pessoa, uma só carne. E ambos criaram e continuam criando um filho com todo o amor que tem entre eles.

Recondicionou sua postura inefável, e começou a andar até a sala onde claramente sabia que seu marido estaria. Parou na porta, fechada, e pensou em como contar, em como expressaria ao anunciar a gravidez recém-descoberta.

-eu estou grávida.- falou "treinando" como falaria a ele. -estou esperando mais um filho seu.

Decidiu que falaria o que sua mente sugerisse. Deu dois toques na porta, ouviu aquele "entre", agudo, de Carlos César, e respirando fundo entrou na sala espaçosa.

-olha quem está aqui...- falou César ao ver a loira passando pela porta. -bom dia, meu amor.

-bom dia...- Soraya sorriu de cabeça abaixada, e, sem querer, soltou uma risada baixa.

-porque está rindo?- ele sorriu, apesar que não estava entendendo nada.

-eu...nada...- levantou a cabeça, enfim o olhando nos olhos, e o sorriso sumiu do rosto da loira. -na verdade sim!!

-é algo grave?? De repente ficou tão séria...- César se levantou da cadeira, e ficou em pé em frente a esposa.

Soraya pensou bem em como falaria a ele a notícia, girava a aliança no dedo, uma mania que representava nervosismo. Olhou para cima, depois para os dois lados, esquerdo e direito, e voltou a olhar o marido.

-estou esperando mais um filho seu...- falou baixinho, quase que inaudível.

-que? Não escutei direito...- e realmente César não havia entendido.

-estou grávida, porra!!- Soraya quase gritou dessa vez.

-puta que pa...meu Deus!!!- estava surpreso demais, uma felicidade indescritível. -eu vou ser papai de novo!!!

-ouviu agora?!- perguntou brava.

Sorrindo, Carlos César foi até a esposa, a pegando pela cintura, a pegou nos braços, deixando a loira sentada na mesa.

-tem um bebezinho nosso, aqui dentro?- perguntou ele, ficando a altura da barriga da mulher.

-não, imagina, tá dentro do meu olho!- responder grossa.

-pode me responder da maneira que quiser, nada pode me abalar agora, sou o homem mais feliz do mundo!!!- não tardou a beijar a esposa.

O beijo era repleto de calmaria, respeito, amor, alegria, mas também, com uma pitada de fogo, isso da parte dele. Ao levar as mãos para o cabelo da esposa, Soraya rapidamente parou o que o esposo iria começar.

-pode ficar quieto!! Não estou afim de transar, não agora!!- afastou o marido de seu corpo.

-do que está com vontade de fazer, então?- ajeitou a gravata em seu pescoço.

-comer!! Estou afim de comer!!! Estou com fome!!!- César já até podia ver a loira mais uma vez, o fazendo correr atrás de algo que nem mesmo era apropriado para comer. -já tá na hora do almoço!

-bem lembrado...- olhou em seu relógio de pulso, já era quase uma da tarde.

-será que tenho que vir aqui sempre pra te lembrar de almoçar?!- Soraya saiu de cima daquela mesa, ajeitando sua saia.

-vou tentar reverter a situação...- levantou as duas mãos.

Saíram da sala aos sorrisos, dos mais bobos, até os mais forçados possíveis de Soraya. Estava com fome, precisava comer para recuperar seu estado espiritual calmo. Caso contrário poderia até matar um, ainda mais agora que está grávida.

-onde quer ir?- perguntou César já dentro do carro.

-cala a boca!!!- Soraya cruzou os braços, visivelmente irritada com a persistência do marido em fazê-la sorrir.

E César realmente não desistiu tão fácil. Antes de ligar o carro, se virou para a esposa, roubando um rápido e inocente selinho dos lábios da menor. Esta que não ficou muito contente.

-seu idiota!!- exclamou após ter um beijo roubado.

-sua linda!!!- devolveu o "elogio" à esposa.

Após o carro parar já dentro da garagem da casa do casal, saíram de dentro, indo para a cozinha, encontrando como de costume, a sogra da loira, dona Odalí, junto do neto.

-mamãe!!!- gritou Bernardo, se levantando da onde estava sentado, e indo apressadamente para os braços da mais nova.

-Filho querido...- cheirou os cabelos do filho, e se sentou com ele em seu colo. -até quando hein, sogrinha?!

-até quando meu outro neto nascer!!- respondeu Odalí.

-não, espera, a senhora sabia?!- perguntou surpreso, César.

-mulheres...- a senhorinha arrumou a mesa.

-exatamente, meu amor...agora vá com seu pai...- soltou o garotinho dos braço, este que foi para os do pai.

-já, já, tem um muleque correndo com você, filhão!- "ou uma menininha...", pensou César ao falar para o filho.

Fizeram a refeição em completa harmonia, entre risadas saudáveis, sorrisos sinceros. Nada mais faltava para Soraya e César, estavam completos, realizados, felizes.

No final, Soraya soube o real motivo de seu choro no início do casamento, um casamento forçado, no começo sem amor, sem companheirismo, mas no fim, sabe muito bem os seus reais motivos de sorrisos e risadas sinceras. E no final, o que era forçado, acabou sendo por livre e espontânea vontade.

Fim!

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Então, né? Chegamos ao fim de mais uma história dos divos. Agradeço muito quem ficou aqui e acompanhou cada capítulo, com paciência, pois demorei bastante pra atualizar.😰 Mas, outra história já está sendo escrita, demorará um pouquinho mais a ser postada, mas vai sair!!!🌚

Bjsss😸❤️

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