Uma Nova Vida?

09...

Narrador...

-vamos com calma...tá bem?- sussurrou a loira já com a respiração pesada, e os olhos fechados.

-claro...- César fitava com o olhar, os lábios da mulher a sua frente. -eu amo você, Soraya.

A mesma nada falou, apenas sentiu os lábios do marido colado aos seus, se deixou levar, aliás confiava nele o suficiente para saber que César não faria nada que ela não quisesse.

O contato de seus lábios os faziam se sentir estranhos. Já haviam se beijado assim tão...intensamente, talvez seja o fato de ambos terem se abrido sobre seus sentimentos um pelo o outro.

Estavam na fazenda há quase um mês. Nesses dias seus olhares não eram tão inocentes quando se olhavam antes. Havia algo a mais alí, os dois estavam sendo sonsos, já sabiam exatamente o que era.

Algumas vezes coincidiam de se encontrarem em um momento íntimo, como aconteceu na semana passada, onde César, após andar pelos arredores conhecendo a fazenda, entrou no banheiro pronto para tomar um banho, mas quando abriu a porta do local, Soraya estava no box, banhando-se, nua, seu corpo molhado, seus movimentos que não chegavam a ser algo tão sensual, mas que foram o suficiente para mexer com o psicológico de César, que após receber o olhar de Soraya sob si, saiu do quarto rapidamente, totalmente sem jeito.

Depois desse dia, César não foi mais o mesmo com Soraya, tentava a evitar, para que assim, sua mente tentasse esquecer aquela visão de seu corpo livre de qualquer roupa. Mas tudo isso, seus pensamentos, e tentativas falhas de a evitar, foi para o ralo, quando a viu brincando com seu filho na sacada da fazenda. Seu coração se aqueceu com a cena, a cena era fofa demais para que não a admirasse. Deitou junto da amada na rede onde estava com seu filho, e a cachorrinha, Deusdete, pulou em seu colo, eufórica como sempre.

-eu te amo, Carlos César!- afirmou Soraya, com os olhos fechados e respiração ofegante com o término do beijo.

Se ajeitaram na cama, e após compartilharem de um longo selinho, a loira se virou em direção contrária de César, tendo seu corpo abraçado pelos braços do mesmo.

Alguns dias depois...

Alguns dias se passaram, e junto deles, o fortalecimento do amor entre Soraya e César, mesmo que ainda, ambos não compartilhassem uma vida totalmente íntima, tinham seus olhares e sorrisos bobos, os arrepios nos corpos quando suas mãos se tocavam, as borboletas nos estômagos dos dois quando se beijavam.

-vem comigo, quero te apresentar um lugar bem...especial pra mim!!- Soraya o puxou pela mão para fora da casa.

-que lugar?- observou a esposa pedir para a mãe para que ela olhasse Bernardo enquanto o levaria para um lugar.

-ele está dormindo, se ele acordar e não ainda não estiver chegado, faça ele dormir de novo?- Soraya pediu, não dando ouvidos ao marido.

-já o amamentou?- perguntou dona Martha, recebendo uma confirmação da filha, e sorriu. - se divirtam!

-vamos se divertir sim!! Vem César...- se despediu da mãe, e os dois seguiram caminho para o local que Soraya o levaria.

-pode me dizer agora para onde estamos indo?!- perguntou César já com bastante curiosidade.

A menor apenas sorriu, e se aproximou dele, colando seus corpos um no outro, deixando suas bocas a centímetros de distância uma da outra.

-relaxa, você vai gostar...- sorriu de lado, e deixou um beijo nos lábios do maior, logo voltando a caminhar.

-espero que não esteja me levando para uma mata deserta, querendo se aproveitar do meu corpinho...- César brincou, recebendo uma risada nada inocente da esposa.