VENDIDA AO COWBOY · 2 LIVRO

51: Ainda existe Amor?

Gisele Narrando...

Existe um ditado que diz que somos balões cheios de sentimentos em um mundo repleto de alfinetes. Era verdade! A vida nos afinetava tantas vezes que chegava a ser difícil suportar tudo. O mundo colorido que eu acreditava tanto já não era tão colorido assim pra mim. Eu havia crescido, e perdido muitas pessoas além de mim mesma. Seria uma pena pensar dessa maneira?

[...]

O quarto totalmente branco, e o ar gelado do ambiente me deixavam ainda mais nervosa. Tia Helena conversou um pouco com Ninah, e depois saiu nos dando certa privacidade. Olhei para ela, e a abracei, e também chorei bastante em seu peito. Toda aquela situação me deixava bastante mal.

- Como es...está? Ela pergunta com dificuldade.
- Bem! Tô muito bem! Minto escondendo certa tristeza.
- Mentirosa! Eu...Eu consigo ver através de você! Me diz, Onde...Onde está Luan? Como ele...ele tá? Me perguntava.

Pensei se seria o certo eu dizer a verdade para ela. De alguma forma Ninah ouviria sobre a morte de Luan.

- Luan morreu! Já faz três semanas! Sinto muito! Digo cautelosamente, e ela vira o rosto para o outro lado.
- Foi minha culpa! Foi minha culpa! Ela diz repetidamente.
- Por quê seria sua culpa? Ninah! Me diz! Por quê isso seria sua culpa? Fiquei preocupada, e confusa.

Tudo o que ouço é os seus soluços silenciosos. Ela escondia seu rosto de mim, Mas eu sabia...sabia que ela estava sofrendo muito! Demorou um pouco para ela se recompor, e me dizer a verdade.

- Eu deveria ter me calado, e ter ouvido ele! Ela se virou para mim, e com os olhos marejados começou contando sobre aquele dia. - ...De...Depois que ele foi ti deixar em casa. No cami...nho sua mãe ligou! Foi de...de repente! Ela disse muitas coi...sas! Falou sobre Livia, e sobre...sobre o casamento arranjado dela! Disse que Luan era um infeliz que...que brincou muito com a sua fi...lha, Mas agora era tudo diferente, Pois ela...ela tinha encontrado alguém muito melhor que ele! Percebo que Ninah tenta segurar as lágrimas para tentar parecer forte. - ...Naquele momento eu enlouqueci! Nós...Nós brigamos feio porquê eu esta...va grávida do seu...seu filho! Coloquei a mão na boca chocada.

Não sabia ainda que o filho era de Luan. Meu Deus! Ninah devia está realmente mal!

- ...Eu não me calei nem...nem por um minuto se quer! Des...viamos de um homem que vinha num cavalo, e...e acabamos assim! Perdi Luan pra...pra sempre! Ela caí no choro doloroso.

Eu já estava chorando antes mesmo que Ninah terminasse de dizer tudo aquilo.

A dor dela me afetava de uma forma que eu não podia me controlar. Eu não conseguia me perdoar porquê de certa forma eu me sentia culpada por ter colocado ela, e Luan na minha fuga tola por puro orgulho, e egoísmo.

- SINTO MUITO, NINAH! EU...EU SINTO MUITO! DE VERDADE! Foi tudo o que disse antes de saí do seu quarto como se estivesse fugindo.

Sentir um aperto no meu coração em cada passo que dava para fora dali. Tia Helena conversava com uma enfermeira quando me encontrou sem chão pra poder pisar.

- O quê houve? O quê tá acontecendo? Ela se preocupava.
- Eu...Eu quero ir pra casa! Peço quase implorando.
- Tudo bem, querida! Eu vou levá-la pra casa! Me ajudou á entrar no carro.

O caminho todo eu fui pensando um monte de coisas. E me culpando também. Chegamos em casa, e a primeira cara que vejo é a de Gael pronto pra me crucificar.

- Onde estavam? Pra onde você levou ela, Helena? Nos olhou com raiva.

Eu estava sem ânimo, e sem um pingo de força. Caí de joelhos no chão da sala cansada. Tia Helena, e Gael me olham assustados.

- Gisele! Tia tenta se aproximar de mim, e Gael a proíbe.
- Nos deixe sozinhos! Agora! Pediu, e ela se retirou mesmo não sendo da sua vontade.

Fiquei lá esperando cada palavra cruel de Gael. Eu estava condenada á viver toda a minha vida infeliz! Era no que eu acreditava!
Ele se ajoelhou de frente para mim, e tocou o meu rosto delicadamente. Aquilo me fez chorar no mesmo momento.

- Amor! O quê tá acontecendo? Minha vida! Me diz! Onde tá doendo? Princesa, me diz alguma coisa! Ele agarrou minhas duas mãos.

Aquelas palavras carinhosas me pegaram de surpresa. Era a primeira vez que ele agiu assim comigo!

- Eu não quero viver asssim! Olhei para ele. - ...Me ajuda a morrer! Por favor! Imploro por um ponto final.
- Você tá se ouvindo? Vejo sua chateação estampada no seus rosto esculpido. - ...O quê é isso? O quê que é isso, Gisele?! Quer dizer que você vai desistir? Vai jogar a toalha? Gael falava sério.
- É ruim! É muito ruim! Continuei chorando.
- Eu ti ajudo a melhorar! Eu ti ajudo a viver! Seus olhos se enchem.
- Engraçado! Dei um sorriso fraco, e limpei as lágrimas. - ...Foi você quem me matou primeiro! Jogo na sua cara sem qualquer arrependimento.
- Você tem razão! Eu não sei bem como lidar com a minha própria dor, e acabei descontando em você! Desculpa! Gael assumiu seus erros.
- De que isso serve agora? Eu posso ter muitas marcas no meu corpo causadas pela minha mãe, e essas marcas se tornaram nada, porque o quê você fez foi bem pior. Eu pensei, e achei que fosse esquecer, Mas você me rasgou de novo. Era isso não era? Era isso que você queria. Queria ver com os seus próprios olhos pra saber que estou sofrendo, não é?! Você só vai parar de me castigar quando eu morrer? Altero a voz.
- Não fala isso! Não fala isso! Ele chora.
- Você é pior do que eu pensei! Me coloquei de pé, e me afastei dele.

...

Publicado no dia 15 de Julho!

✅Gente teremos alguns capítulos tristes, Mas aguardem mais um pouquinho está chegando o melhor pra vocês!!! Não vão se arrepender de terem esperado...😅🦋💔