Cap 25.5

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Na fundação do mundo, entre as guerras do grande reino e o início do século vazio e mesmo após a formação do governo mundial pelos 20 reis, existiu Speersa, uma ilha antiga e isolada que não aceitava visitantes e pouco registro foram feitos dela.

Seu povo tinha um sangue único oferecendo a eles uma expectativa de vida mais longa e mais força e agilidade que qualquer outro povo. Se eles fossem criados como guerreiros poderiam até enfrentar homens-peixe, mas eles não precisavam ser guerreiros, eram livres na sua ilha e viviam em harmonia.

No coração da ilha nasceu uma fruta estranha, que quando consumida tornava seu usuário poderoso. Regeneração, força, velocidade e a capacidade de conter sangramentos.

Ninguém sabia o que era aquele poder entao acreditaram que seria um presente dos deuses para aquele povo. Mas certa noite o usuário da fruta foi nadar com seus amigos e seu corpo nunca mais foi encontrado.

A fruta misteriosa reencarnou anos depois na mesma ilha. Os speersanos não sabiam se o povo foi criado para a fruta ou se a fruta foi criada para eles.

Levou décadas até a ilha ter acesso ao conhecimento das Akumas no mi. A fruta do diabo foi dada para filha mais velha do líder do povo e batizada como Mia Mia no mi, assim como seu nome.

Ela foi a primeira a querer desenvolver suas habilidades, querer descobrir seu verdadeiro poder. Com isso, Mia conseguia poder absoluto da fruta e isso mudou em seu corpo, ela se regenerava em uma rapidez anormal, nunca adoecia, seu metabolismo a deixava mais forte que qualquer homem Speersano e dentre as habilidades Mia não sentia o corpo envelhecer. Antes de comer a fruta sentia o corpo envelhecendo, mesmo que lentamente. Sentia que superaria a expectativa de vida de 120 anos que era normal entre o seu povo. Ela descobriu que conseguia manipular o sangue como bem entender, não apenas contre-lo quando feridas se abriam.

Em uma noite um barco aos pedaços chega a ilha trazendo um pirata solitário, seu nome era Gawain, ele chegou muito ferido e o povo sentiu pena dele resolvendo ajudá-lo, o líder do povo o tratou com remédios que continham o seu sangue e os ferimentos do homem se curaram.
Maravilhado e agradecido o homem prometeu que viveria entre eles e serviria até o fim da sua vida para compensar o favor.
Gawain serviu anos na ilha e ganhou o respeito de todos, incluindo o de Mia que se apaixonou perdidamente pelo homem.

Eles se casaram quando Mia se tornou a nova Líder. O povo ansiavam em saber como o filho deles seria, um homem cujo sangue era diferente do deles e a mulher que as habilidades eram mais poderosas do que qualquer Speersense.
Mas ninguém sabia dos desejos sinceros do coração de Gawain. O homem invejava o poder dos speersanos, odiava que ele envelhecia mais rápido que eles e se machucava mais fácil. Odiava sua esposa que não adoecia ou envelhecia, que conseguia derrubar uma árvore apenas com sangue.

Gawain sempre foi um fracassado, um ninguém, um fraco, mas agora era sua chance de ser alguém já que aquela ilha não estava mapeada, então apenas ele poderia tirar proveito daquele povo inocente.

Ele queria o poder, queria a fruta, mas tinha mais conhecimento sobre as Akumas no mi, sabia que eram demônios e tinham aquelas que escolhiam os próprios usuários. A fruta reencarnar sempre para o mesmo povo era um sinal, não iria arriscar morrer por ser rejeitado por uma maçã com espirais.

Lembrou quando a maré o levou até aquela ilha e eles o curaram com remédios a base de sangue. Ele já estava a tempo demais lá para saber que era um costume comum entre eles por acreditarem que eram abençoados pelos deuses com um sangue com características curativas.

E se ele tomasse o sangue de Mia? Se tomasse até a última gota? O que poderia acontecer? Mas o que poderia fazer tal ferimento?

Foi difícil conseguir contato com o mundo exterior, levou muito tempo para conseguir chegar nas pessoas certas, precisou fazer promessas e sequestrar inocentes para trocar por uma arma que pudesse matar Mia.

Mia não esperava que aquelas mãos que a cortejavam fossem se voltar contra ela, não conseguiu lutar contra ao homem que amava e antes da vida deixar o seus olhos, ela chorou, chorou de raiva por ter confiado em um homem vindo de fora, por ter se apaixonado por ele e morrido em suas mãos, chorou de tristeza pelo seu povo que não teria ela para protege-los do monstro do seu marido.

Seu sangue encheu uma bacia funda causada por uma faca de kairoseki, Gawain foi paciente para não desperdiçar nada, olhava para esposa morta ao seus pés sem remorso.

Gawain se tornou um novo homem, sentia o poder de Mia nele agora, seu sangue misturado no dele, não tinha a habilidade de manusear sangue, mas sentia que não envelheceria e não adoeceria, o sangue o deixava mais forte, mas não sabia se isso seria permanente. Enganou o povo espalhando mentiras sobre Mia, de que tinha planos horríveis para o povo e que fez o que era necessário para salva-los. Muito acreditaram.

Com muita influência e enganação, conseguiu se tornar o novo líder.

Com os séculos passando os Speersenses morreram e deixavam filhos que poderiam ser manipulados para adorar Gawain, e repetia o processo de sacrifício novamente a cada 100 anos com cada portador da fruta do sangue para preservar sua imortalidade.

Desse modo, speersa deixou de ser uma ilha com o povo livre. Se tornaram ferramentas e moedas de troca. E desse jeito um dos povos mais poderosos do mundo se tornaram os mais oprimidos.

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