Capitulo 8

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Pela tarde Frank se ofereceu para mostrar o navio, aceitei cheia de animação.

O navio era incrível e completo, descendo tínhamos os quartos e banheiros, algumas salas estratégicas, salas para descanso e um bar com um lindo aquario, dava para sentir que o sunny era uma verdadeira casa já que tinha um cômodo particular para cada um, o Chopper tinha sua ala médica, o zoro tinha uma academia e a incrível cozinha do sanji que ficava na popa do navio, igualmente com a biblioteca que Robin costuma passar suas tardes, cada detalhe foi pensado, desde a grama verde no chão do convés com as árvores e o cantinho das tanjerinas que era da terra natal da Nami. Depois de conhecer tudo fiquei com a mente cheia de ideias e inspirações do que fazer com o meu próprio navio, temos aproveitado tanto nossas aventuras que esquecemos de levar personalidade para o nosso navio.

Quando estava voltando para o quarto, Nami me emprestou algumas roupas que ela e a Robin não usavam tanto para que tivesse o que vestir até chegarmos em uma ilha.

Pela noite, quando a escuridão tomava o quarto, me sentia sufocada demais para dormir, parecia que todas as vezes que fechava os olhos voltava para minha cela na minha terra que abandonei, onde fiquei presa dos 10 aos 15 anos, meu cativeiro não tinham janelas já que ficava em uma cela dentro de uma caverna. Mesmo já tendo se passado 5 anos acho que nunca irei me recuperar totalmente disso. Geralmente essa fobia passa depois de uns dias e me acostumo com o lugar, mas ainda é insuportável então pego o travesseiro e uma coberta e vou dormir no convés admirando as estrelas. Sempre sinto que alguém me vigia.

Nos 4 dias seguintes em que estive com o bando do chapéu de palha foram divertidos. Zoro e eu não tivemos mais conversas tão longas, apenas algumas trocas de frases quando nos esbarravamos, mas sinto o seu olhar por onde vou, é como se estivéssemos brincando um com o outro, aumentando a tensão entre nós. Quando falo eu vejo que ele fica atento na conversa, se me aproximo muito do sanji ele fica com a cara emburrada, mas em todas as vezes mantemos um olhar vidrado um no outro, não sei mais quanto vou aguentar, mas estou decidida que não vou tomar o primeiro passo, já deixei óbvio que o quero então ele que venha até mim.

Encontrei zoro deitado em uma árvore próxima as escadas, aparentemente dormindo com suas espadas ao lado. Sanji apareceu para subir as escadas que estava descendo e nos encontramos no meio do caminho.

Sanji, O que está fazendo? - puxo conversa me apoiando no corrimão de costas para zoro.

- S/n, meu amor! Estava voltando para cozinha para preparar alguns lanches para tarde. Por que? Quer um pouco de companhia? - pergunta com a voz sedosa.

Adoraria sua companhia se não for te atrapalhar - respondo simpática falando um pouco mais alto na esperança do zoro escutar.

Você nunca me atrapalharia, sempre tenho tempo para conversar com uma linda dama como você - consigo ver o seu olhar apaixonado e isso me faz sorrir. Escuto uma tosse e um barulho de nojo atrás de mim, meu sorriso aumenta mais.

Não diga isso, todos devem estar com fome em uma hora dessas - levo a mão ao rosto fingindo pensar - Já sei - Me aproximo dele lentamente e retiro o cigarro apagado dos seus lábios - conversaremos até terminamos esse cigarro - Concluo com a voz manhosa.

Vamos dividir o cigarro? - pergunta olhando em meus olhos com malícia, para ele isso é um beijo indireto.

Só se não quiser.

Não seja difícil, óbvio que quero - Sanji coloca a mão apoiada no corrimão ao meu lado e se aproxima com o isqueiro, me inclino para acender o cigarro deixando meu decote revelar o suficiente para sua imaginação. Escuto um som de irritação atrás de mim e trago satisfeita jogando a cabeça para trás para soltar a fumaça e devolvo o cigarro para ele.

Zoro e S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora