capitulo 21

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Gilbert Blythe

Eu não estava maluco. Alguma coisa aconteceu aqui,principalmente na hora do beijo.

Acabamos a cena e fomos beber água,sendo que Anne saiu por um lado e eu por outro,o ensaio ainda estava rolando no teatro

Eu estava enchendo minha garrafa no bebedouro quando Anne aparece com a sua garrafinha de metal rosa cheia de florzinhas. Nós nos encaramos por alguns segundos e eu acabo me perdendo no oceano de seus olhos e na constelação linda em seu rosto...

— Gilbert — ela diz e eu balanço a cabeça dizendo um quase inaudível: “sim?” — sua água está transbordando

Olho para a garrafa rapidamente e desligo o bebedouro, pego a tampa e olho para Anne,que estava corada com a mao na boca reprimindo uma gargalhada

— pode rir, ruiva — então ela começa a gargalhar e eu a acompanho rindo,não pela situação, mas porque vê-la rir era um de meus passatempos favoritos

O som de sua risada era a minha música favorita, e seu sorriso, a mais bela obra de arte.

— desculpe,mas não me aguentei — ela diz se recuperando da crise de risos,secando as lágrimas que escaparam

Ela anda para encher sua garrafa e eu me afasto alguns poucos metros

Eu precisava falar com ela mas não sabia como,oque eu diria?

Anne termina de encher sua garrafinha e se vira para mim,ela suspira fundo e olha em meus olhos

— sei que quer falar comigo,eu também quero,mas não sei como e nem oque dizer… — ela faz uma pausa — mas uma coisa eu sei

— e oque é?

— eu havia sentido falta daquilo. — meu coração começa a acelerar com sua fala e ela continua — em todo o momento, eu senti que não deveríamos ter ficado separados,e que isso

Ela faz o sinal entre nós dois

— isso é a coisa certa. Então Gilbert,eu não me importo se você me magoou,se eu te magoei,erramos e pra caramba,mas não nascemos pra ficar longe um do outro. — ela fala com lágrimas nos olhos e se aproximando. Anne coloca sua mão em minha bochecha e eu a seguro

— eu preciso de você ruivinha, tanto quanto eu preciso de ar para respirar. Preciso de você comigo de novo, me diz,me diz que dessa vez faremos tudo direito,me prometa isso. — falo quase num sussurro,somente para ela ouvir

Anne sorri acariciando minha bochecha com seu polegar e diz

— a vida é relativa gil,mas eu prometo que nunca mais vou embora. — ela gruda nossas testas e eu continuo

— eu prometo que nunca mais vou deixar você ir embora — eu seguro em sua cintura sorrindo,e logo,nossos lábios estão grudados um no outro

E naquele momento, aquele beijo selou uma promessa que nunca seria desfeita

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𝑆𝑢𝑟𝑒 𝑇ℎ𝑖𝑛𝑔-ˢʰⁱʳᵇᵉʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora