﹙⠀𝒊.⠀﹚ who i am?

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DEITADA NA CAMA, meus olhos fixos no teto, eu me sentia cada vez mais inquieta

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DEITADA NA CAMA, meus olhos fixos no teto, eu me sentia cada vez mais inquieta. As cortinas balançavam suavemente com a brisa, trazendo o perfume de lavanda do jardim. A luz fraca do abajur criava sombras suaves nas paredes lilases.

Os lençóis de cetim ao meu redor ofereciam conforto, mas tudo ao meu redor parecia uma prisão invisível. O sono não vinha, e cada pequeno barulho parecia uma ameaça. As lágrimas rolavam sem parar, enquanto a preocupação com Dag se infiltrava em todos os meus pensamentos.

Então, o som do celular vibrando me tirou do torpor. Maevie me mandou uma mensagem: "Astrella, vamos tomar um café? Preciso saber mais sobre esse casamento repentino com Dag." Senti um impulso de raiva e frustração. Como eu poderia mentir para minha melhor amiga? Mas concordei. 'Claro. Pode ser às dez?', respondi, já pensando em como sair sem ser notada.

Caminhei até o banheiro e deixei a água quente escorrer sobre mim, tentando afastar o medo e a tensão. Vesti roupas simples e discretas para não chamar atenção. Peguei a chave da janela dos fundos do meu quarto e, com cuidado, escapei pela treliça.

O ar frio da noite me envolveu enquanto eu descia, o coração batendo rápido com o medo de ser pega. Quando cheguei à cafeteria, vi Maevie, e o alívio tomou conta de mim. Nos abraçamos, e, por um momento, me senti segura.

- Oi, Ella - disse Maevie, passando a mão pelos meus cabelos loiros. - Considerando que não me chamou para ser madrinha do seu casamento, achei que não iria reagir assim quando me visse - brincou, tentando quebrar o gelo.

- Me desculpe - respondi, sentindo o peso da ausência dela em um momento tão significativo. Dag tinha decidido quem poderia estar presente, e apenas a família dele compareceu. Meus padrinhos foram a irmã dele e Iversen. - Foi tudo tão repentino.

Afastei-me do abraço, lutando contra a vontade de me refugiar nos braços de Maevie. Ela era a única que realmente parecia se importar. Guiando-a até a mesa, sentamo-nos frente a frente.

- Casamento repentino não parece seu estilo. - Ela me olhou com uma expressão de dúvida. - Deve estar perdidamente apaixonada de novo por Dag.

Eu podia ver a pergunta não dita em seus lábios, mas ela hesitava em formulá-la.

- Quer perguntar algo?

Maevie respirou fundo, como se tivesse segurado o ar por tempo demais.

- Ele sumiu por quatro anos, depois de você se cansar de ser apenas um brinquedo para ele. - Abri a boca para responder, mas Maevie continuou antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. - E agora você se casa com ele? Parece que está usando mais drogas do que ele.

Engoli seco, olhando para o celular sobre a mesa, em busca das palavras certas. Maevie sempre soubera como me desafiar, mas revelar a verdade sobre meu casamento com Dag era um risco grande demais.

- Maevie, não é o que você está pensando - murmurei, minha voz quase um sussurro. - As coisas são... complicadas. Não foi uma escolha fácil, mas eu queria recomeçar. Dag mudou, ele não é mais o mesmo.

Ela arqueou uma sobrancelha, claramente cética.

- Mudou? Depois de tudo que ele fez? Como pode confiar nele de novo?

Respirei fundo, tentando manter a calma. - Todos merecem uma segunda chance, não é? Ele estava disposto a tentar, a ser diferente. E eu... achei que poderia funcionar.

Maevie suspirou, seus olhos suavizando um pouco. - Espero que esteja certa.

- Eu também espero - sussurrei, minha voz traindo a dúvida que ainda residia em meu coração. - Mas me conta, Maevie, como você está? O que tem feito?

Maevie me observou por um instante antes de responder. - Estou bem, na medida do possível. Trabalhando bastante, tentando não enlouquecer. E você, Astrella? Como você está? Não só com o Dag, mas você mesma?

A pergunta pairou no ar, carregada de significados não ditos. Encolhi os ombros, oferecendo um sorriso que tentava ser tranquilizador. - Estou tentando me ajustar, sabe? É muita coisa ao mesmo tempo. Mas estou me esforçando.

Ela segurou minha mão sobre a mesa, um gesto de solidariedade que quase me fez chorar novamente. - Você sabe que estou aqui para você, não sabe? Qualquer coisa, qualquer hora. Você não está sozinha.

Assenti, engolindo a emoção que ameaçava transbordar. - Eu sei, Maevie. Obrigada por estar aqui.

Ela sorriu levemente, apertando minha mão. - Vamos pedir alguma coisa? Café sempre ajuda, não é?

Assenti, tentando me concentrar no momento presente. Precisava dessa pausa, dessa normalidade, mesmo que fosse apenas por um breve instante. Com Maevie ao meu lado, podia fingir, ao menos por um momento, que tudo estava bem.

.  𔘓 .𝐂𝐎𝐋𝐎𝐑𝐒   ❛ ˛    ❪ Dag Torrance❫Onde histórias criam vida. Descubra agora