﹙⠀XXIII.⠀﹚ Echoes of Betrayal

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★ ۫ ݂﹙DAG TORRANCE ﹚ㅤׅ ۫ㅤ݂ ५
𝐂αpítulo: "Ecos da traição"

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A DEVIL'S NIGHT estava em pleno vapor, a música pulsando através das paredes do Cove

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A DEVIL'S NIGHT estava em pleno vapor, a música pulsando através das paredes do Cove. Luzes intermitentes dançavam na escuridão, criando um cenário vibrante que contrastava com a tensão que eu sentia dentro de mim. Eu precisava encontrar Astrella, mas a multidão parecia me engolir a cada passo que eu dava. Os risos e gritos de alegria ao meu redor eram um lembrete cruel de que, enquanto todos se divertiam, eu estava preso a um labirinto de culpa e segredos.

O cheiro de álcool e fumaça de cigarro pairava no ar, tornando tudo ainda mais claustrofóbico. Meus amigos me cumprimentavam, mas eu mal os escutava. A única coisa em que conseguia pensar era em Astrella. Desde que ela desmaiou, o pânico não me deixara. O que estava acontecendo com ela? O que poderia ter desencadeado aquele episódio? Eu não tinha como saber que, enquanto eu me preocupava com ela, um mundo completamente diferente estava se desenrolando em seu telefone.

Fui até o bar, tentando me distrair com uma bebida. A bartender, uma morena com olhar provocante, me lançou um sorriso. Mas nada daquilo importava. Nenhuma dose de vodka conseguiria afastar a imagem de Astrella, confusa e assustada. Eu precisava encontrá-la. Precisava ter certeza de que ela estava bem.

Enquanto tomava meu drink, vi uma figura conhecida ao longe. Era Will, cercado por um grupo de pessoas. Ele tinha um jeito despreocupado, como se nada importasse. Mas eu sabia o que ele era. Ele olhou para mim, um sorriso de canto no rosto.

- Dag, meu amigo! - ele gritou, levantando um copo em um brinde. - Está tudo bem?

- Claro que sim - eu respondi, mas minha voz soou distante, mesmo para mim.

Ele se aproximou, e não pude evitar de sentir uma onda de frustração. Will não sabia o que estava em jogo. Para ele, essa festa era apenas mais uma oportunidade de se divertir e ser o centro das atenções.

- Está parecendo tenso. Algo 'rolou? - ele insistiu, a curiosidade se misturando com um ar de superioridade.

- Nada que você precise saber - eu rebati, o olhar fixo na pista de dança, onde a multidão se movia como um organismo vivo, pulsando de alegria, ignorando o caos que se escondia sob a superfície.

Willian deu de ombros, como se estivesse desapontado, mas logo voltou sua atenção para as pessoas ao redor. Eu queria ignorá-lo, mas a verdade é que ele era um lembrete constante do que eu estava tentando evitar. Aquela noite deveria ser sobre Astrella e eu, não sobre os jogos que estávamos jogando um com o outro.

Saí do bar e voltei a me perder na multidão. O ambiente estava cheio de máscaras e disfarces, todos fingindo ser alguém que não eram. Era a noite perfeita para esconder segredos, mas eu sabia que não podia continuar vivendo assim. Astrella não era apenas mais uma peça em meu tabuleiro. Ela era minha esposa, mesmo que o casamento fosse um fardo.

Finalmente, encontrei um canto mais tranquilo, um espaço entre as sombras. Respirei fundo, tentando reunir os pensamentos. Algo não estava certo. Eu podia sentir isso em meus ossos. As pessoas dançavam e riam, mas eu me sentia cada vez mais isolado. O pensamento de Astrella presa em um jogo que eu não poderia controlar era opressivo.

Eu peguei meu celular e verifiquei a hora, a ansiedade me consumindo. Não havia mensagens, nenhuma atualização.

A música cessou abruptamente. O som ensurdecedor da batida eletrônica foi substituído por uma tensão sufocante. Olhei ao redor, tentando entender o que estava acontecendo. As luzes continuavam piscando, mas os sussurros e murmúrios começaram a crescer pela sala. Alguém tocou meu ombro, mas antes que eu pudesse reagir, o eco inconfundível de passos firmes e ritmados preencheu o ambiente.

Policiais. Muitos deles.

Entraram com firmeza, suas expressões severas, os olhos percorrendo o salão como predadores em busca de uma presa. Meu coração disparou no peito, e um instinto primitivo me mandou sair dali, desaparecer no meio da multidão. Eu não sabia o que estava por vir, mas meu primeiro pensamento foi Astrella.

Droga. O que ela fez?

- Todos quietos! - um dos policiais gritou, sua voz firme cortando o silêncio.

As pessoas ao meu redor começaram a se afastar, nervosas, criando espaço para a presença da polícia. Algumas garotas gritavam, enquanto outras trocavam olhares preocupados. Eu podia sentir o pânico crescendo, e a adrenalina começou a correr nas minhas veias.

Tentei me mover, mas então um policial me encarou diretamente.

- Dag Draven Torrance? - a voz dele soou como um martelo.

Merda.

O mundo ao meu redor começou a desacelerar. Olhei ao redor, tentando calcular minhas opções. Mas antes que eu pudesse pensar em qualquer fuga, quatro policiais se aproximaram, com as mãos prontas para me agarrar. Minhas chances de sair daquela situação sem ser notado haviam acabado.

- Você está sendo detido por suspeita de fraude e assassinato - o oficial disse, enquanto dois deles se aproximavam ainda mais. - Coloque as mãos onde possamos ver.

Assassinato. A palavra me atingiu como um soco no estômago. Astrella.

Ela me traiu.

Com um aperto no peito, levantei as mãos devagar. A multidão ao redor observava, alguns gravando com seus celulares. Cada movimento meu parecia pesado, o peso das acusações esmagando qualquer tentativa de reação.

- Não cometam esse erro - eu disse, minha voz baixa, tentando manter o controle. Mas, por dentro, uma fúria fria começava a tomar forma. Eu sabia que Astrella estava envolvida nisso, mas quem mais? Quem mais estava puxando as cordas?

Enquanto eles me algemavam, olhei ao redor em busca dela. Precisava entender. Precisava ver se ela estava ali, assistindo a tudo. E então, no meio da multidão, a vi. Astrella, parada ao longe, os olhos fixos em mim. Seu rosto estava uma máscara de culpa e algo que eu não conseguia decifrar. Medo?

Eu não disse nada.

.  𔘓 .𝐂𝐎𝐋𝐎𝐑𝐒   ❛ ˛    ❪ Dag Torrance❫Onde histórias criam vida. Descubra agora