Zafrina me ataca e eu desvio investindo sobre ela enquanto ela usa seu dom em Ian e no outro lobo. Estou sozinha. Mas o outro lobo está cego. O que é ótimo.

Me destransformo e levanto do chão.

- Hora de deixar essa luta justa... Sentiu minha falta?

Uso meu dom para investir sobre Zafrina, fazendo com que a grama cresça e prenda seus pés.

Ela pula, e usa seu dom em mim, me obrigando a entrar nas raízes. Divido minha consciência e faço com que os copos invistam sobre ela, a agarrando em diversas posições.

Ela desvia e puxa uma faca de caça, cortando e fatiando tudo que chegue perto.

Frustrada, eu saio para uma árvore e pulo em Zafrina, me transformando em uma cobra e desvio da faca, me enrolando em seu pescoço, cada vez mais apertado até ouvir sua cabeça rachar.

Desvencilho-me dela e pego seu mindinho, queimando-o, enquanto sua cabeça se junta e ela se levanta e foge.

Uma regra invariável que eu aprendi? Duas chances ao seu adversário antes de mata-lo.

As ilusões começam a sumir e o lobo se destransforma. Ian faz o mesmo e eu apenas fico do jeito que estou.

- Prazer, meu nome é Juan, vem, vou levar vocês para um lugar seguro.

Ele nos guia por várias trilhas da floresta, em um assentamento. Ele pede para esperarmos enquanto ele caminha até lá para explicar a situação.

O homem conversa, e demonstra estar um pouco irritado. Aproveito para avisar para Ian como serão as coisas.

Um homem caminha em nossa direção, e eu reconheço como o homem que transformou Ian.

- Que dupla curiosa - Diz ele debochado. - Um frio e um lobo... Nunca imaginei que você possível.

- Você... Foi você que me transformou, não foi?

- Oras, garoto, você estava caminhando com uma recém nascida, o melhor que eu podia fazer era te dar chances de não ser a refeição.

- Você arruinou a vida do meu irmão! Ele não pode ter a chance de ter uma vida normal.

- Queria que eu perguntasse se ele preferia ser o lanche ou a presa?

- Eu jamais faria isso com ele. Ele como filho da Lua é caçado por todos os governos. Você nem se quer o convidou a se juntar a matilha, onde ele estaria seguro.

O homem ri.

- Nós nunca estivemos seguros. Nós sempre fomos caçados por sua espécie.  Por medo.

- Eu jamais tiraria a vida de uma criança, mesmo tentando "salva-la".

O homem apenas ri, debochado.

- Vocês, frios, amam bancar os santos, não é? Veja só os Volturi, em suas vestes brancas, se proclamando santos. Você veio nos caçar, não é?

- Não. Eu vim propor uma aliança. Meu clã, o clã Ixchetel, pode oferecer proteção para vocês. Vai haver uma guerra, e vocês serão parte delas.

- Nós? Nos meter em uma guerra de Frios? Não, não vamos.

Eu estou frustrada, seria mais fácil se ele topasse, mas, já que será assim...

Ian dá um passo para frente.

- Eu, Ian Ixchetel, te desafio como alfa dessa matilha.

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