A neve cai em flocos grossos. O Castelo de Volterra está rodeado de vampiros. O clã romeno está perto, pronto para atacar. Um vampiro atravessa os lados, levando uma proposta para os Volturi.

- Senhor?

Aro se volta para o mensageiro.

- Hã, certo, leia.

- O Clã Romenos pede que se rendam e entreguem a coroa para eles. Caso isso aconteça, vocês serão poupados.

Aro faz um muxoxo.

- Está vendo, Carlisle, porque eu preciso da sua ajuda?

- Mas Aro, porque eles estão atacando agora?

- É por causa da Rebeccah, não é?

Diz Edward, lendo a mente de Aro.

- Sim. Ela decidiu tirar férias, e agora estamos assim, lascados.

- Mas por que? O que ela tem de tão importante?

- Edward, aquela garota...

Aro é cortado por Caius.

- É um demônio. Você não tem os mindinhos, certo? Provavelmente já lutou com ela. Então já a viu. Porém, dúvido que realmente já a tenha visto lutando sério.  Ela seria capaz de massacrar o exército de vampiros... Além de rastrea-los.

- Seu clã, o Clã Ixchetel, é o clã mais poderoso que existe. Se eles quisessem matar todos nessa sala, conseguiriam. Nada que vocês fizessem os impediria. E vocês não conhecem a real extensão de seus poderes. Ler mentes, prever o futuro? Bah, aquela Maia faz isso e muito mais com um toque, escudo ou não.

Marcus conclui.

- E seu irmão? - Pergunta Esme. - Ele parecia ser humano...

- Ele é um filho da Lua. A verdade é que não sabemos quase nada sobre ela e seu passado.

- Mas eu sei.

Diz uma voz aveludada, e um homem entra na sala.

Ele usa vestes brancas de algodão, com os olhos em preto delineado.

- Prazer, meu nome é Tutancâmon.

- Quem é você?

Questiona Aro, tenso.

- Assim como você governa, eu também já governei. E ela foi transformada no meu governo. Um talento singular, mas comum. Devo dizer que os vampiros de hoje são mequetrefes em comparação aos de antigamente.

- O que... Como assim?

- Caius, achou mesmo que os vampiros sempre existiram? Ah, não, que engano. As Parcas nos criaram. Humanos por quem elas tinham piedade e uma afeição especial.   Eu fui o primeiro. Nós fomos criados grandes e poderosos, moldados a figura dos deuses. Eu era o Caos, e o Caos era eu, assim como Isis é a Natureza e a Natureza é Isis.

- Isis?

Pergunta Emmett, agora interessado.

- Elizabeth? Rebeccah? Yolanda? E quantos outros nomes ela teve? Sim, ela foi abençoada. As Parcas deram uma segunda chance para ela, apesar de ela se achar um monstro. E quando o irmão dela foi transformado, meu braço direito a procurou. Sabe, essas criaturas lupinas nunca foram bem-vindas. E ele tentou mata-lo. E ela o desafiou, derrubando-o e matando-o. E se tornando o braço direito.

- O que seria um braço direito?

Pergunta Rosalie.

- Um ajudante do governante, mas alguém imparcial, responsável por nós manter na linha. Caso contrário, ele nos mata. Mas ele só é morto se perde um desafio.

- Não faz sentido... Como ela pode ser tão poderosa?

Pergunta Carlisle.

- Você é médico, não é? Sabe que é comum haver uma mutação genética, ou uma alteração nos genes. O veneno foi se diluindo, por isso que um vampiro transformado por ela é muito mais forte.

- E por que não existem outros?

- Mortos. Representavam um desequilíbrio muito grande, então fomos caçados. Mas ela? As Parcas decidiram deixá-la viver por causa do irmão.

- Mas você está vivo, como?

- Há, há há, jovem, não, não estou. Eu estou morto. Mas pediram que eu viesse dar alguns recados.

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