Bella

Dor. Tudo queima. Parece o inferno - Só que ela nunca esteve lá. Ela sente cada parte do seu corpo queima. O fogo. Ela consegue ouvir sussuros, que murmuram o nome Bella. Quem é Bella? Ela não sabe, mas ouve pessoas falando. Talvez seja ela? Ela não sabe, só sente seu corpo queimar. Ela quer gritar, mas não consegue. Durante três dias, ela sente seu corpo pegar fogo. E depois para.

Não direto, é claro mas por partes. Primeiro, os dedos. As pernas. Os braços. E então um formigamento distante, ela se levanta.

Cheiros diferentes preenchem seu nariz, e ela abre os olhos e olha ao redor. Ela consegue ver tudo. Tantos aromas diferentes. Ela sente sua garganta queimar - O que isso quer dizer? E então um cheiro diferente, cachorro molhado. Ela se levanta e anda para descobrir.

Ela descobre que a inatividade a irrita. Então corre. Atravessa um rio. E então as vozes, grossas, que se tornam latidos.

"- O rio. O tratado é limitado pelo rio.
O homem pousa sua mão fria em seu colo.
- Nós não atravessamos o rio e nem eles."

Alguém, que agora é apenas uma voz distante lhe disse isso. Quem? Ela não sabe, ou não se lembra. Ela então tira o pé de dentro do rio, antes de um aroma inebriante atingir seu nariz, vindo de uma mulher com uma grande cicatriz no rosto. Ela se inclina, pronta para atacar.

- Bella? Bella, sou eu, a Emily, não lembra de mim?

E então uma mulher surge, seus cabelos ruivos reluzentes, sua pele branca e seus olhos vermelhos.

- Ora, Bella, a ataque. Não sente esse cheiro tão bom? Não quer que a queimação em sua garganta pare?

- Não faça isso Bella, não lembra dela? Ela te matou... Por dentro. Ela te impediu de amar Edward. Bella, não.

Um rosnado sai de sua garganta.

- Você roubou o Edward de mim, vaca. Então, eu vou roubar algo de você.

Ela a ataca. Não sabe direito o que fazer.

"- Arrancar nossos membros e os queima-los. É assim que se mata um de nós
O homem sorri para ela enquanto eles estão em uma cama."

E então, ela corre. Como nunca correu. Ela derruba aquela mulher e arranca sua cabeça

- Emily, fogo!

A mulher parece confusa por alguns momentos, mas queima um fósforo e joga na mulher.

A mulher queima, e a Emily vai abraça-la, mas ela dá dois passos para trás.

- Ah, é, desculpa. Vem, você precisa caçar. Tem alguns animais numa floresta ao leste, para lá. Basta mata-los, eu acho que vai ajudar você.

- Obrigada.

Então ela corre, até a floresta, onde sente o cheiro dos animais. Não é tão bom, mas acaba com a queimação. Mas ela não pode ficar aqui. Não onde todos a conhecem. Por isso, ela corre. Corre até achar o oceano, e nada, até chegar a um lugar onde ninguém a conheça. Não se lembra dessas pessoas. Não quer lembra-se delas. Apenas fugir. E recomeçar.

Escrito nas estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora