MELISSA HILL
Gunnar Torrance é desprezível.
Um dos garotos mais populares de Thunder Bay. Orgulhoso, egocêntrico e mandão. Se eu pudesse descrevê-lo em palavras, seria assim.
As pessoas o chamavam de gênio, mas isso é por que nunca conheceram a insa...
Era pra terem me internado Mas esqueceram de vir me buscar Eu era uma alcoólica funcional até que ninguém Notou o meu novo estilo Fortnight (feat. Post Malone) - Taylor Swift
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16 ANOS
Existia uma linha tênue entre a sanidade e a loucura. Eu acabei indo para o final dessa linha.
Estava em mais um desses eventos ridículos que os ricos exibidos dessa cidade adoravam fazer. Obviamente, estava num canto, longe dos olhos das outras pessoas, exatamente como aminha mãe havia instruído.
— Melissa, minha filha, você não precisa interagir com as pessoas. Ninguém naquele salão vai reparar em você.
E eles não reparavam, pelo menos não até que eu tivesse um surto e acabasse explodindo. E claro que isso irritava os meus pais, mais especificamente, a minha mãe.
Louise Hill é uma artista plástica bastante prestigiada e uma socialite clássica, nascida e criada em uma família da Philadelphia. Quando caiu nos encantos do meu pai, que era um advogado criminal e um político em ascensão, eles logos se casaram e não demorou muito para a minha mãe engravidar do meu irmão mais velho.
O filho amado. O primogênito desejado.
Thomas era tudo que os meus pais sempre sonharam, um menino que herdaria a fortuna da família, ou o que sobrar dela, já que o idiota não tem um pingo de noção.
Mas ele tinha tudo o que eu não conseguia ter; quando se cresce ouvindo que você é uma criança defeituosa, acaba sendo mais difícil desenvolver certas qualidades.
— Irmãzinha, você está aí – meu irmão chega, invadindo o meu espaço.
Thomas era um rapaz bonito, tinha que admitir. Seu cabelo não era tão loiro quanto o meu, era puxada para um tom de mel, exatamente como o do papai, mas nossos olhos eram idênticos. Mesmo formato, mesma cor.
— Você não deveria estar ali no meio, conversando com as filhas das amigas da mamãe? – aponto e ele me encara, curioso. — Tenho certeza que ela adoraria se você anunciasse um casamento com uma delas.
— Mel, por favor, não estamos mais no século XVII, onde eu tenho que cortejar uma mulher – ele me encara da cabeça aos pés. — Você está bonita hoje.
Sorrio pequeno. Eu gostava quando Thomas não era um pé no saco, ele me elogiava, dizia que eu era bonita... ele era um irmão legal quando estava assim.
O vestido azul cobalto que estou usando bate um pouco abaixo dos meus joelhos, o corpete não é tão justo quanto o dos demais vestidos que eu acabo usando nessas ocasiões, o que para mim é um alívio.
Desviei meu olhar do meu irmão e foquei no amontoado que havia chegado à pouco tempo. Os Torrance eram uma família bastante barulhenta e popular e, definitivamente, eles detinham muito poder na cidade.
