07 | HEARTLESS

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Eu diria que você quebrou meu coração
Mas você quebrou muito mais do que isso
Agora eu não quero sua simpatia
Eu só quero eu mesma de volta
enough for you - Olivia Rodrigo

Eu diria que você quebrou meu coraçãoMas você quebrou muito mais do que issoAgora eu não quero sua simpatiaEu só quero eu mesma de voltaenough for you - Olivia Rodrigo

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Sinto um peso colado ao meu corpo. Abro os olhos lentamente e vejo um braço tatuado ao redor da minha cintura. Olho para cima e vejo Gunnar dormindo pacificamente, com o queixo em cima da minha cabeça. Estamos deitados no meu sofá e as roupas estão espalhadas por toda a extensão da sala.

Suas sobrancelhas se franzem levemente e consigo notar o ritmo da sua respiração mudar. Seu braço me aperta, como se ele fosse me partir ao meio e alguns resmungos saem dos seus lábios.

Consigo compreender um "Não, por favor", e percebo que ele não está resmungando, ele está implorando.

Gunnar está tendo um pesadelo.

Uma camada fina de suor brilha em sua testa e paro estática, pensando em algo que eu possa fazer.

Eu devia acordá-lo? Não posso deixá-lo dormir assim.

Talvez eu devesse ligar para um dos irmãos dele. Mas eles iriam questionar o motivo de Gunnar estar na minha casa.

Começo a dar alguns tapinhas leves no seu rosto, chamando seu nome, mas ele parece preso no seu sono e cada segundo que passa, fica ainda mais desesperador.

Mamãe, não, não.

Arranho seu braço com as minhas unhas e ele finalmente acorda, num sobressalto. Suas íris escuras estão desfocadas e perdidas, e suor brilha em seu rosto. Consigo sentir sua respiração entrecortada e os batimentos fortes do seu coração.

Seu rosto se volta para o meu e fico apenas o encarando. Não sei o que dizer. Normalmente eu mesma preciso me salvar dos meus pesadelos, não sei o que fazer com outra pessoa, já que minhas habilidades de interação social são um pouco frustradas.

— E-eu... hm.. eu vou... pegar um copo d'água – gaguejo, tentando cortar o silêncio desagradável. Me levanto depressa, pegando o robe jogado no chão. — V-V-você quer alguma coisa? Um chá, talvez?

— Eu pareço um cara que toma chá, Melissa? – sua voz sai mais grossa do que o normal e seu olhar ainda parece perdido. — Posso usar seu banheiro?

— C-c-claro, segunda porta à esquerda – indico, vendo ele vestir sua cueca e caminhar até aonde eu indiquei. Seus passos parecem meio incertos e, durante o tempo em que eu o encarei, pude jurar que haviam lágrimas em seus olhos.

O que estaria acontecendo com ele? Se eu perguntasse, será que ele me contaria?

Óbvio que não, sua tonta. Vocês transaram. Não são namorados ou amigos coloridos.

KILLED NIGHT | DEVIL'S NIGHT Onde histórias criam vida. Descubra agora