MELISSA HILL
Gunnar Torrance é desprezível.
Um dos garotos mais populares de Thunder Bay. Orgulhoso, egocêntrico e mandão. Se eu pudesse descrevê-lo em palavras, seria assim.
As pessoas o chamavam de gênio, mas isso é por que nunca conheceram a insa...
Querida, vou te pegar de jeito, vou sim Quando eu te tocar, me diga o que sente Confie em mim, vou fazer parecer surreal
Vibez - ZAYN
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- Pode pegar o pincel pequeno para o titio, malen'kiy? - Lília se levanta do meu colo e caminha em direção aos pincéis. Sua mão pequena agarra um deles e ela o aponta para mim. - Não esse, amor, o outro.
Ela pega o certo e volta para aonde estava, se sentando no meio das minhas pernas, me olhando enquanto eu terminava de dar os acabamentos em uma estrela do mar. Um cliente havia me pedido para fazer alguns itens inspirados no oceano para a decoração do quarto do novo bebê.
Eu sou muito bom no que eu faço, modéstia a parte. Havia começado engenharia mecânica na faculdade, mas decidi sair e ir para arquitetura, aonde eu pude fazer o que realmente gostava. Minha habilidade para criação é bastante apurada, mas não quis ficar construindo maquetes, gostava de criar outras coisas.
Lília tenta esticar sua mão para tocar o objeto, mas afasto a peça, antes que acabe borrando. Claro que ela ficou bastante emburrada por causa disso.
- Esse o titio não pode deixar que você mexa, está bem? Não precisa ficar com essa carinha de brava - dou um beijinho na sua testa, mas ela continua fazendo bico.
Dou risada, enquanto finalizo os detalhes. Minha sobrinha era uma ótima ajudante, ela já entendia quais eram as peças e ficava empolgada sempre que eu a trazia para o estúdio. Gostava de deixá-la a vontade para olhar o que já estava pronto, às vezes ela apontava com um dedinho e eu lhe explicava as coisas.
Coloco a peça em cima de um dos expositores para que a tinta seque, e vou checar alguns pedidos no computador. Coloquei uma tela que estava guardada por aqui no chão e deixei que Lília a pintasse, isso a deixaria entretida enquanto eu trabalhava.
Octavia aparece, alguns minutos depois, segurando um copo de café e uma sacola que, posso ter certeza, tem algo doce dentro. Nossa sobrinha não nota a presença dela de imediato, então, ela arranha a garganta. Os olhos de Lília vão direto para Tavi, e seu rosto se ilumina. Ela levanta apressada e se joga nas pernas da tia.
- Parece que ela está maior a cada dia - Tavi comenta, bagunçando o cabelo da pequena. - Te trouxe alguns donuts, para dar um doce nessa sua alma amarga.
- Minha alma não é amarga e talvez você esteja ficando menor - brinco e ela me mostra a língua. - Esse é o exemplo que você quer dar para a sua sobrinha?
- Ela não iria me dedurar - Tavi diz, enquanto pega Lília no colo. - Não é, princesa? Você não iria trair a titia.
- Titia - Lília aponta para minha irmã, enquanto me encara. - Neném, desenho.
