MELISSA HILL
Gunnar Torrance é desprezível.
Um dos garotos mais populares de Thunder Bay. Orgulhoso, egocêntrico e mandão. Se eu pudesse descrevê-lo em palavras, seria assim.
As pessoas o chamavam de gênio, mas isso é por que nunca conheceram a insa...
Eu acho que sei que ela não me ama É por isso que eu fodo ela direito SHE DON'T LOVE ME - ZAYN
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— A Azul, titio.
Ninguém fora do nosso círculo poderia imaginar essa cena.
Eu, Gunnar Torrance, sentado no chão, vestindo bonecas e recebendo ordens de uma criança de três anos.
— Você tinha pedido a rosa, malen'kiy, não a azul – ela me encara com aqueles olhos esverdeados julgadores.
Daria estava vestida em um collant de ballet rosa, uma sainha preta e seu cabelo estava preso em duas tranças. Ivar havia me pedido para buscá-la na escolinha de dança, já que ele acabaria se atrasando.
— A amalela, então – ela me dá um sorrisinho.
Dou risada, vestindo a boneca com a roupinha amarela. Daria dá alguns passos, até ficar no meio das minhas pernas e se senta. Entrego a boneca para ela, que começa a fazer barulhinhos com a boca.
Lília estava viajando com meus pais, não era exatamente uma viagem turística, papai tinha que ver uns contratos na Itália e decidiu levar minha mãe junto. Eles até queriam levar as duas garotas, mas Daria não estava nem um pouco afim de ir.
Ouço a porta abrir e a pequena se inclina para olhar. Seus olhinhos brilham e não preciso de muito para saber quem é.
Ivar estava usando shorts e uma camiseta simples, seu cabelo estava pingando e havia um rubor nas suas bochechas.
— Papai – Daria grita, se levantando e correndo em direção ao meu irmão. Ivar se abaixa e abre os braços para a pequena.
Ele levanta com a filha no colo. Daria passa os bracinhos pelo seu pescoço e aconchega sua cabeça no ombro do pai.
— Está se divertindo com o seu tio Gunnar?
— Sua filha é bastante autoritária – digo, e ele dá risada. — E desde quando bonecas tem tantas roupas?
— Vovó costurou algumas com restos de tecido, as meninas adoram – ele dá um beijo na bochecha da filha e a coloca de volta no chão. A garotinha caminha até seus brinquedos, ignorando nossa existência completamente.
— Qual a magia você usa com as minhas filhas? Daria não parava de falar sobre você ontem à noite – Ivar me encara. — Eu não vou perder as minhas garotas para você, Gunnar.
— Eu não tenho culpa se eu sou um tio muito legal – dou de ombros. — Suas filhas me adoram, e Daria até disse que iria ser a minha princesa. Lide com isso.
Ele mostra o dedo do meio e caminha em direção à cozinha. Ivar começa a cortar algumas frutas e as coloca em um pratinho com desenhos de princesas da Disney.
