Guerra corporativa - Mirandy

Capítulo 8

Alguém ainda ler isso daqui? 👀
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Era o último dia do desfile, e Miranda Priestly, a poderosa editora-chefe da Runway, acabara de concluir uma semana intensa de moda e reuniões. O sucesso do evento era inegável, mas Miranda sentia-se mais exausta e solitária do que nunca. Após uma série de compromissos sem fim, Miranda encontrou um momento de quietude no camarim. Foi então que Andrea, alguém com quem tinha um passado complicado, apareceu para uma conversa.

- Precisamos conversar, Miranda. - disse Andrea, sua voz firme, mas carregada de emoções.

Miranda suspirou, sentindo a familiar sensação de tensão sempre que Andrea estava por perto.

- Andrea, realmente agora não é o melhor momento. Estou exausta e ainda há muito a fazer.

Andrea ignorou o comentário e continuou.

- Eu sei que está cansada, mas não podemos continuar assim. O que aconteceu entre nós... eu preciso de respostas. Preciso entender.

Miranda olhou para Andrea, seus olhos azuis gelados, mas ao mesmo tempo revelando uma sombra de vulnerabilidade.

- O que mais há para entender? Fiz o que achei que era melhor na época.

- Melhor? - Andrea exclamou, incrédula. - Você me humilhou! Você acreditou em mentiras sem sequer me dar uma chance de me explicar.

Miranda desviou o olhar, as memórias daquele dia dolorosas e confusas.

- Eu pensei que você tinha vergonha de mim, Andrea. Fui levada a acreditar nisso.

- E você não pensou nem por um segundo que poderia haver outra explicação? - Andrea rebateu, sua voz cheia de frustração. - Você simplesmente decidiu que eu era a culpada e me descartou como um lixo.

Miranda permaneceu em silêncio, lutando contra as emoções que borbulhavam dentro dela. Andrea respirou fundo, tentando se acalmar.

- Sabe, Miranda, às vezes acho que você não consegue confiar nas pessoas sem machucá-las e humilhá-las primeiro. É como se você precisasse provar que ninguém pode realmente se aproximar de você sem pagar um preço alto.

Essas palavras atingiram Miranda como uma faca. Ela piscou, tentando afastar as lágrimas que ameaçavam escapar.

- Isso não é verdade, Andrea. - sussurrou Miranda, quase inaudível.

- Então prove. - disse Andrea, sua voz suave, mas firme. - Prove que você pode ser diferente.

Andrea saiu do camarim, deixando Miranda sozinha com seus pensamentos tumultuados. A poderosa editora sentou-se em uma cadeira, sentindo-se mais vulnerável e ferida do que jamais admitiria.

Mais tarde naquela noite, Miranda decidiu que precisava de uma pausa. Dirigiu-se a uma boate sofisticada no centro de Paris, um lugar onde poderia se perder na multidão e tentar esquecer as palavras de Andrea, que ecoavam em sua mente.

A música pulsava através dos alto-falantes, e as luzes piscavam em um ritmo frenético. Miranda dirigiu-se ao bar, onde foi recebida pelo garçom com um sorriso polido. Ela pediu uma bebida forte, algo para apagar os pensamentos turbulentos que lhe preenchiam a mente. Conforme a noite avançava, Miranda foi se entregando ao álcool, desabafando com o garçom sobre suas frustrações e dores.

- Sabe, às vezes me pergunto se fiz tudo errado. - disse Miranda, sua voz arrastada pelo efeito do álcool. - Tantas escolhas, tantas decisões... e todas elas me trouxeram aqui, sozinha, com todos me julgando.

O garçom, paciente e gentil, escutava atentamente.

- Às vezes, desabafar ajuda. Pode falar comigo.

Miranda, em um momento raro de vulnerabilidade, continuou a falar.