Capítulo 18 - Apaixonando-me da cabeça aos pés

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~ Rafa ~

"Jesus Cristo, ela está se mudando para cá, ou algo assim? Eu espero que você esteja cobrando o aluguel dela". Eu ri alto das provocações de Luiza, roubando um rápido olhar sobre o telefone para Bia, que estava ajudando Mag a tirar seu casaco e tentando agir como se não estivesse prestando atenção na minha conversa com a sua irmã.

"Ela deveria simplesmente ter suas correspondências enviadas para o seu endereço já." Ela riu. "Diga a ela que eu disse isso." Deus, ela amava deixá-la nervosa. Eu supunha que era seu trabalho como irmã mais nova.

"Eu não acho que isso seja uma boa ideia." Eu ri uma vez. Ao contrário de mim, Bia não conseguia encontrar o humor nas brincadeiras de Luiza.

"Bia, dê à garota algum espaço para respirar, pelo amor de Deus!" Ela exclamou rindo, alto o suficiente para Bia ouvir seu nome de onde ela estava, a poucos metros de distância. Ela se aproximou de mim rapidamente e serpenteou seus braços ao redor da minha cintura, dando um beijo suave e molhado no meu pescoço. Eu estremeci, sentindo minhas pernas fraquejarem. Bia me segurou e riu. Jesus, como eu poderia manter uma conversa telefônica coerente deste jeito?

"O que está acontecendo aí?" Luiza perguntou, desconfiada. "Eca!" Ela gritou quando eu não respondi. "Vocês estão se beijando enquanto você está no telefone comigo?" Ainda sem resposta. "Eca, vocês estão!"

Bia pegou o telefone de mim. "Olá, Luiza. Tchau, Luiza." Ela disse antes de desligar. Eu ri. "Ela a fará pagar por isso".

Ela revirou seus olhos. "Esqueça Luiza." Ela inclinou a cabeça, ouvindo os sons de Mag, ocupada escavando através da caixa de brinquedos em seu quarto. Seus lábios contorceram em um sorriso malicioso. "Agora, onde nós estávamos?" Ela murmurou enquanto movia sua boca de volta para meu pescoço. No segundo em que seus lábios atingiram o ponto sensível entre a minha orelha e o meu pescoço, minhas mãos apertaram em torno dos seus braços e eu esqueci completamente que Bia ainda tinha uma irmã, em primeiro lugar. Até que o telefone, ainda na mão de Bia, tocou novamente. Bia gemeu, olhando para ela com uma careta.

"Jesus Cristo, essa minha irmã não consegue entender a dica, pode..." Sua boca caiu em uma carranca por uma fração de segundo, seus olhos escurecendo, antes de ela recompor suas feições. Com uma expressão em branco, ela entregou o telefone de volta para mim.

"Não é Luiza." Ela disse friamente.

Mordi meu lábio quando vi o identificador de chamadas, mas obriguei-me a olhar para Bia e sorrir. "Ligarei para ele mais tarde".

O telefone continuou a tocar insistentemente. A mão de Bia apertou em torno do telefone. Ela arqueou uma sobrancelha. "Você tem certeza?"

"Sim." Eu disse rapidamente, tirando o telefone da sua mão e o jogando no sofá, onde ela finalmente parou de tocar. A secretária eletrônica atendeu silenciosamente.

Meus olhos encontraram os de Bia e levei meus braços ao redor dos seus ombros.

"Eu acredito que nós estávamos no meio de alguma coisa?" Eu perguntei. Quando ela não respondeu, eu pressionei minha boca à dela. Demorou alguns segundos, mas ela finalmente relaxou em mim, seus lábios se movendo lentamente contra os meus.

"Rafa..." Ela murmurou contra a minha boca, hesitante, como se quisesse dizer mais. "Rafa, eu..." Ela suspirou antes de aumentar seu aperto nos meus quadris. "Rafa..." Não houve mais conversa depois disso, até que pezinhos foram ouvidos correndo de volta para a sala de estar.

Esta sou eu - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora