Enquanto viajávamos de volta para minha cidade, percebi que acabará de sair uma notícia no jornal de Birmigham, um homem muito rico foi morto, era estranho como quando questionei Thomas ele demonstrou frieza e disse que não conhecia, mas eu lembro-me perfeitamente de tê-lo visto algumas vezes com Thomas no jardim durante os dias que estive na casa dos Shelby. Enfim, não dei importância. Estava bem mais preocupada se estaria ou não grávida e como iria contar para ele.
__ Anne, __ ele disparou logo que chegamos ao desembarque. __ daqui você vai seguir sozinha, tenho algo urgente para fazer e você não poderá me acompanhar.
__ Tudo bem, mas eu devo me preocupar?
__ Não. __ ele me beijou. __ Vá para casa e prepare tudo, voltamos para a Inglaterra em até dois dias, falaremos mais quando acabar o que vim fazer aqui, está bem?
__ Disse que não tinha negócios. __ falei curiosa.
__ Trata-se de outra coisa.
Ele partiu, me deixando para trás, sem. muitas explicações e nenhuma resposta. Então, um motorista que o aguardava me levou para minha casa. Onde eu finalmente pude encontrar minha cama, deitar-me nela e descansar por um tempo, era bom estar em casa novamente, era bom ver que minha paz estava restabelecida. De repente a companhia tocou, pensei que fosse Thomas, mas quando olhei pela porta, vi que era um homem completamente desconhecido, elegante, mas desconhecido.
__ Pois não, em que posso ajudá-lo? __ disse ao abrir a porta.
__ Em primeiro lugar, ficando quietinha, __ o homem me mostrou uma arma e fixou seus olhos nos meus. __ entra bem devagar, sem fazer escândalo.
Estava apavorada, eu nunca havia presenciado esse tipo de cena, ele tinha uma arma em sua mão, enquanto dava passos para mais próximo de mim, eu estava tentando me esquivar, quando ele simplesmente agarrou-me depressa e apontou a arma para minha cabeça.
__ O que tá acontecendo? Quem é você? O que você quer?
__ Quero fazer uma bela surpresinha para o Shelby, ao nível que ele me proporcionou no passado não tão distante.
__ Você não pode me matar, por favor, eu não conheço nenhum Shelby.
__ Não seja uma mentirosa. __ ele disparou enquanto a arma ainda estava na minha cabeça.
__ O que quer que ele tenha feito a você, eu não tenho nada haver com a história de vocês, eu sou tão jovem, não aprendi nada da vida, não posso morrer agora.
__ Não me interesso pelas suas lamentações.
Ele me jogou em cima do sofá, rapidamente tirou uma corda seu bolso e começou a me amarrar, apenas com uma mão pois a outra ele segurava a arma. Estava em pânico, não conseguia me mexer, nem falar, estava assustada, tinha medo. De repente, estava amarrada, trancada em meu quarto, com um maluco incrivelmente bem vestido ligando para provavelmente o Thomas.
__ Anne! __ ouvi a voz de Thomas entrando pela porta.
__ É a sua garota?! __ o homem disse enquanto apontava a arma pra mim.
__ Para de ser idiota, __ disse Tommy tentando aliviar a situação. __ essa garota é só uma garota qualquer, não tem nenhuma importância pra mim.
__ Será? __ ele me deu um tapa no rosto com muita força.
__ Não! __ Tommy depressa empurrou o cara contra parede, tentando tomar a arma dele, eles entraram em uma luta corporal.
As lágrimas escorriam pelo meu rosto, tentava gritar mas ele havia amarrado minha boca. Era difícil presenciar tudo isso e não conseguir fazer nada, as amarrações que ele usou eram fortes demais para mim. Não poderia ajudar nem a mim mesma, imagina Thomas. Enquanto chorava ambos se estapeavam. Em um golpe, o homem derrubou Thomas no chão, vindo até mim, ele soltou minha boca.
__ Fala gracinha, gosta dele? __ ele disse enquanto balançava a arma.
__ Por favor, não faz isso, __ disse enquanto chorava.
__ Vai falar sim vadia! __ ele atirou em meu braço tão rapidamente e em seguida enfiou a arma na minha boca.
Nesse momento, tive certeza absoluta que eu iria morrer, aquele homem que eu nunca havia visto antes, estava com uma arma dentro da minha boca, pronto pra atirar, uma arma destravada! Meu braço estava sangrando, a bala estava queimando dentro de mim, nunca havia levado um tiro e eu certamente não queria levar outro. Em um movimento acelerado, Tommy agarrou um de meus mimos que enfeitavam o criado-mudo, feito de vidro. Quebrando assim na cabeça do homem, o que fez com que o homem ficasse tonto, em seguida, Thomas o chutou no chão, mas ele estava com uma espécie de raiva, qualquer coisa a frente dele seria usado contra aquele homem.
__ Tommy! Tommy! __ gritei assustada.
Nesse momento a arma do homem já estava com Thomas, e o mesmo caído no chão apanhava ainda mais, foi quando Thomas mirou e disparou dois tiros na cabeça do mesmo. Dois tiros na cabeça de um homem vivo. Sangue para todo lado, um barulho infernal. Fechei os olhos desacreditada e assustada. Estava apavorada.
__ Ei! Ei! __ ouvia a voz de Thomas, mas meus olhos permaneciam fechados. __ Tá tudo bem, tá tudo bem Anne.
__ Você matou um homem. __ disse o encarando assustada.
Ele não me respondeu, apenas fingiu não ouvir e ignorou meu choro. Mas usou suas mãos para me desamarrar. Então, puxou-me para um abraço confortável na intenção de me proteger, me acalmar. Mas eu estava com medo, medo dele, de tudo. Me afastei. Fiquei um tempo quieta refletindo ao pé da cama, sem encara-lo, só queria desaparecer dali.
__ Anne, este homem ia te matar, __ ele tentou mais uma aproximação. __ eu fiz para te proteger.
__ Foi assim com ela também Tommy? __ disse entre lágrimas. __ Seus inimigos mataram ela?
__ Não. __ ele suspirou. __ Você não é ela! Não se compare.
__ Me responde Tommy, seus inimigos executaram ela como você fez com esse homem? É por isso que todos temem você? Por que você mata pessoas a sangue frio?
__ O que? __ ele disse sem entender. __ Eu salvei sua vida, esse tipo de gente não brinca em serviço, ele jurou que matar e era exatamente isso que ele ia fazer.
__ O que vamos fazer com esse corpo? __ disse enquanto chibata em estado de choque.
__ Anne.
Thomas se aproximou de mim, me envolvendo em seus braços, me protegendo de maneira segura, me fazendo sentir que eu nunca mais precisaria sair daquele lugar. Estava com medo, primeiro por estar certa de minha paixão por Thomas, segundo pela possível ideia de estar grávida, terceiro por descobrir tão tarde esses gestos de Thomas.
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MODERNIDADE E THOMAS SHELBY
FanfictionComo seria Thomas Shelby nos dias atuais? O livro baseia-se na figura de Thomas Shelby e o trás para a modernidade que vivemos. Anne é uma jovem estudante de psicologia criminal e acaba conhecendo Thomas, desse modo, sua vida muda drasticamente do d...