Capítulo 7

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ANTONIETA

Na minha vida passada, fiquei muito nervosa quando chegou a hora de perder a pureza, Renom riu disso e me ofereceu uma taça de vinho para que eu ficasse calma. Ele foi gentil nas preliminares e depois soltou a besta que existe dentro dele. Eu conheço o corpo dele de ponta a ponta, mas ainda assim, não importa quantas vezes eu reencarne nunca vou conseguir lidar com seu membro avantajado, que me rasga de dentro para fora.

Como aconteceu na minha vida passada, assim que acordei ele não estava na cama. Sempre foi assim, nunca o vi dormindo, porque ele sempre acorda antes de mim, ou talvez nem durma. Na minha vida passada, fiquei ressentida ao saber que o meu esposo mal me esperou acordar, fiz minhas higienes e fui atrás dele, mendigar sua atenção.

Mas não dessa vez. Estico minhas costas e me levanto da cama. Esse é o quarto onde eu dormia antes dele me mandar para o anexo. Toque no sino, e as servas entram. Três mulheres, aqui nesse palácio, não sei em que confiar, algumas dessas pessoas, senão todas, são inteiramente fiéis à imperatriz viúva. Tenho de arranjar meios de ter essas pessoas do meu lado, e as que não quiserem me livrei delas. Algumas dessas pessoas iriam relatar tudo que acontece aqui à imperatriz viúva. E eu não posso permitir que ela desconfie de mim. Ou muito menos conheça todos os meus passos.

-- Então, você é a Teresa, ela, a Elsa, e você Suzana. -- elas assentiram, e eu sorri. -- espero que cuidem bem de mim.

-- Iremos cuidar da imperatriz. -- Teresa. -- Elsa, prepare o banho da imperatriz, Suzana organize a roupa. O imperador está esperando para tomar o café da manhã.

-- Vossa alteza, qual dos vestidos gostaria de usar.—me aproximei do closet e de todo o tipo de roupa que uma nobreza pode querer. Na minha vida passada, eu gostava de me vestir como uma princesa dos contos de fadas, usando vestidos longos e bufantes, sempre de cabelo longo e saltos de cristal.

-- Esse aqui. -- apontei para um vestido azul justo e longo que deixa as costas nuas—e esses saltos—apontei a saltos da cor marrom. Então me retirei para ir tomar banho.

Aproveitei o banho para traçar meus próximos passos. Se tudo correr como na minha vida passada, depois do pequeno almoço, Renom vai me apresentar ao palácio. Durante a tarde, a imperatriz viu que iria aparecer para me saudar, e vai marcar um baile para sexta-feira. Depois disso vai me deixar algum tempo à mercê de Renom, seis meses depois aquilo acontecera.

- Por favor, prenda os meus cabelos num coque alto.

-- Uau, está muito bonita a imperatriz. -- Suzana. Me olhei no espelho e também gostei do resultado, estou parecendo uma mulher madura.

-- Obrigada.

Fui guiada até a sala das refeições e Renom lá estava à minha frente. Renom é muito bonito, tem uma beleza selvagem, parece um leão feroz com aqueles cabelos grandes ruivos que se estendem por suas costas. Parece a juba de um leão. Seu olhar é afinado, como se estivesse se preparando para dar o bote. É intimidador para quem não viveu anos do lado dele.

-- Vossa majestade. -- Faço a vênia antes de me sentar.—Espero não ter lhe feito esperar demais.

-- A espera compensa se for para receber minha imperatriz. -- dou um meio sorriso, enquanto a mesa é posta. -- dormiu bem?

-- Dormi tão bem, como nunca antes. -- dois podem jogar nesse jogo de fingir interesse, babaca. —e vossa majestade?

-- Também dormi bem. -- Renom não é de conversar muito, para ele mulher só serve para transar e se der sorte carregar um filho dele.

Na minha vida passada tentei várias vezes puxar assunto e só recebi, respostas vagas, secas, frias, e rudes nos piores dias. Terminamos a refeição em silêncio, depois ele se ofereceu a me apresentar o palácio, ele só dizia o básico, como por exemplo, que cômodo é e para que serve.

-- Esse será seu escritório, e fica bem perto do meu. Pode vir me ver sempre que necessitar de alguma informação ou permissão. -- deixando claro que não quer ser incomodado por assuntos frívolos.

-- Vossa majestade, gostaria de saber, como sua esposa, o que posso fazer para lhe ajudar com a administração do império? —ele franziu o cenho com descrença.

- Entende de administração?

-- Teve aulas no palácio do vento, tenho noções essenciais. Mas, aceito que designe alguém para que me ensine como funcionam as coisas aqui.

-- Sabe que não deve se preocupar com essas coisas. Faça festas de chá, saia para bailes, compre roupas. Não gaste sua cabecinha com assuntos burocráticos, além do mais, a imperatriz viúva ainda cuida desses assuntos.

É claro que ela cuida, ela é quem decide quanto posso gastar, e o que posso saber.

-- Entendo. Ainda assim, posso usar os escritores, ou também pertence a imperatriz viúva. -- ele inclinou seu olhar afiado para mim, e eu olhei para baixo, falei demais.

-- O escritório é seu, não ouviu o que eu disse primeiramente.

-- Obrigada vossa graça.

Depois ele me levou à área de treino para me apresentar aos soldados. Quando deu meio-dia a imperatriz viúva apareceu, então se juntou a nós para o almoço.

- Está gostando da estadia?

- Sim, imperatriz viúva, aqui é muito diferente do meu país de nascença as cores são mais vivas. É como estar de frente ao sol.

Ela riu.

- Me chame de Celeste, somos família agora, também pode me chamar de mãe se quiser.

Ae vadia? Família por acaso te mata?

-- Muito obrigada imper...desculpa, mãe. -- juntei as mãos como se estivesse muito emocionada.

-- Ela é uma garota linda Renom, cuide bem dela. Como eu te ensinei.

Claro, lhe ensinou a ter várias concubinas. A me tratar como uma prostituta sem cérebro que pode ser descartada.

-- Eu irei cuidar. -- disse me olhando seriamente. Me olhava tão fixamente que senti que estava olhando para minha alma. Cara maluco. Virei o rosto, constrangida, vai que o demônio descobre o meu segredo.

-- Ótimo, então na sexta daremos uma festa para lhe apresentar oficialmente aos nobres.

- Gosto de festas, espero estar a rigor para não decepcionar a família real.

ME TORNEI A ESPOSA DO IMPERADOR DO FOGO-REENCARNADA POR FÊNIXOnde histórias criam vida. Descubra agora