Capítulo 15

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Em que circunstâncias a imperatriz viúva conheceu Miranda, eu não sei. Mas, sei que o final dela é tão cruel quanto o meu, talvez eu deva fazer um favor para nós as duas e a tirar daqui.

Escrevi uma carta para minha mãe, e outra para Amanda, para Amanda apenas querendo saber como ela está, para a minha mãe, eu a pedi um favor. Em três dias eu recebi uma resposta, e ela está disposta a me ajudar. Então ordenei a Pedro, que o acompanhasse, Miranda e sua família até a casa da minha mãe. Se ela nunca conhecer a imperatriz, eu não sentirei vontade de a matar, e pouparei nós duas de sermos usadas como peças por aquela mulher.

Eu disse para Miranda que minha mãe cuidaria dela e da família dela, lhe daria um emprego, moradia, comida e tudo que precisasse, e sem pestanejar ela aceitou.

Menos um problema resolvido. Passei pela biblioteca e levei alguns livros que ensinam a como controlar seu poder, se Pedro já tivesse voltado, ele ensinaria Oriel a manejar seu poder. Enfim, até que ele volte, terei de lhe ensinar.

Em três meses, Oriel recuperou por completo, ganhou massa, e ganhou altura, como também graças ajuda de Pedro, ele consegue usar seus poderes sem perder o controle, só tenho mais três meses, na minha outra vida eu não sei, como Oriel conheceu o imperador e entrou no exército, mas nessa vida, eu tenho de fazer com que ele entre para o exército, mas antes disso seja curado.

Bate três vezes, antes de receber a solicitação para entrar. Gostaria de só encontrar com Dércio, mas felizmente para mim o imperador está. Se bem, que é melhor que ser o próprio imperador mesmo.

Ele me olha sempre de forma séria. Não sei se ele me odeia, ou se só quer me matar.

-- Aqui devo a honra de ter a minha esposa aqui? —ele está sendo sarcástico comigo por quê? Eu mal lhe dirijo a palavra, para que tanto ódio. Nós sequer dormimos juntos. Ele só queria consumar o casamento, como já conhece o meu corpo para ele tanto faz. Se bem que comparado a vida anterior, eu o tentava seduzir e algumas vezes funcionava, ele sentia misericórdia de mim e se deitava comigo. Atualmente, quero-o bem longe do meu corpo.

-- Vossa majestade, minhas saudações tardias. --faço uma vénia. -- Sir Dércio.—ele acena para mim. -- tem algo que eu gostaria de pedir?

-- O que?—coloca a mão no queixo. -- Quer vestidos novos? Aumentar sua verba?

Engoli meu grito de fúria, dei um riso seco, porque nem na minha vida passada eu gastava os pedidos com ele, com vestidos e verbas, sempre usei o que a imperatriz disponibilizou, e agora que posso produzir mais, eu realmente não preciso nada deles.

- Peço que Oriel seja treinado pelo capitão da guarda real.- se o capitão da guarda notar seu talento, com certeza será aceito pelo imperador. O capitão da guarda, é um dos homens mais confiáveis do imperador.

-- Pra que?

-- Futuramente quero que ele se torne meu guarda costas pessoal. -- Essa não é a verdade, mas ele pode aguentar com isso.

- Tenho vários homens, escolha qualquer um para se tornar seu guarda costas pessoal, no presente.

-- Não. Tem que ser ele. -- ele me olhou com as sombras arqueadas.

-- Ele é estrangeiro.

-- Eu também sou, e porque somos, não merecemos o favor do imperador?—disse realmente revoltada. Estalei a língua. -- eu não estou pedindo que me de terras, não estou pedindo joias e vestidos, só uma coisa. Uma única coisa. Eu nem queria estar aqui, incomodando a vossa majestade. Mas como sou estrangeira, e o imperador não confia em mim, não tenho autoridade nenhuma para tomar decisões, ou chegar no capitão e pedir para ele treinar Oriel.

Minha respiração está descompensada e eu estou com tanta raiva que quero chorar. Eu e Amanda somos diferentes nesse quesito, enquanto ela é forte por fora e frágil por dentro, eu sou frágil por fora e forte por dentro, Amanda chora quando está triste e magoada, eu choro quando estou com raiva e revoltada. Enquanto Amanda tenta não magoar os outros, eu quero muito bater em alguém até minha raiva passar, e uma pessoa em específico.

-- Vossa majestade tente ponderar. -- Dércio.

RENOM DE FÊNIX 

Antonieta, é mais do que pensei, respeita o meu espaço e não tenta me fazer gostar dela. Ela convém demais para mim como esposa de conveniência.

Quase nem sinto sua presença, ela no palco, se move como uma sombra, evita estar nos mesmos ambientes que eu. Ela não me incomoda, e sempre que tem uma dúvida fala com Décio. Não me pede nada, nem reclama por eu não jantar com ela. Ela está tão desinteressada em mim, que às vezes penso que tem um amante. Mas duvido muito, se não está no seu escritório, está na ala dos empregados com aquela criança.

Agora ela está diante de mim, pedindo que aquela criança seja treinada. Seu rosto está vermelho, ela está com tanta raiva que se não for explodir é sorte, ela me olha com desdém, como se eu fosse uma praga...interessante, ela não gosta de mim. E mal consegue esconder isso. Ela morde seu lábio inferior, e aperta os punhos. Alguém quer me socar.

Ela veste um vestido longo azul, com detalhes a branco. O vestido é justo até a cintura, seus cabelos estão atrás de suas costas, e duas mechas laterais soltas.

-- Ta, mas eu não ganho nada com isso. —decido a irritar mais.

-- Tudo bem. -- vai desistir fácil? —vou pedir ao meu cunhado que o treine. E depois que o devolva para mim. Desculpe ocupar seu tempo.

Garota astuta. Se Christopher souber que não estou atendendo a sua cunhada atentamente ele encarna o capeta e me assombra.

-- Antônia. -- a chamou antes que saia. -- apresente a criança ao capitão, tem minha permissão.

-- Eu agradeço. —diz sem esboçar simpatia e sai. 

ME TORNEI A ESPOSA DO IMPERADOR DO FOGO-REENCARNADA POR FÊNIXOnde histórias criam vida. Descubra agora