UM ASSASINO NO PSICÓLOGO

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Sentada na sala de estar, mexendo no celular, quando decidi que não podia mais adiar. Peguei minhas chaves e saí.

   Ultimamente, vinha pensando na ideia de procurar um psicólogo. Os últimos acontecimentos tinham deixado minha mente em um estado de loucura. Desabafar e conversar sobre o que estava pensando parece algo bom.

   O caminho até o consultório não era longo, Nossa cidade é pequena e há poucos psicólogos disponíveis. A única profissional que estava disponível pra me atender cobrava um preço alto, mas eu estava decidida a ir.

   Ao chegar ao consultório, empurrei a porta de vidro e levei um pequeno susto pelo som suave de um sino, A recepção estava vazia, só tinha outra pessoa que já estava sendo atendida na sala ao lado. Sentei em uma das cadeiras de espera e peguei uma revista para me distrair.

   A sala de espera era pequena e simples, com paredes de um bege e algumas plantas espalhadas para trazer um pouco de vida ao ambiente. As cadeiras não eram onfortáveis,

Folheava a revista sem realmente prestar atenção.

   De repente, a porta se abriu novamente. Para minha surpresa, James entrou acompanhado da uma garota ruiva. Congelei, meu coração disparado. Instintivamente, levantei a revista para esconder o rosto, observando eles discretamente por cima das páginas.

   James e a garota ruiva cujo o nome eu descobri ser celeste, se sentaram próximos a mim, em uma cadeira na minha frente, quase sem perceberem minha presença. Eles começaram a conversar.

— Estou tão cansado, Celeste. — Ele disse com a voz grossa, mas falava suavemente. — Parece que essas últimas semanas têm sido um turbilhão — Suspirando.

— Eu sei, James. Eu vi na TV você anunciando o desaparecimento da sua esposa, e por sinal obrigado! mas pensa pelo lado positivo — respondeu Celeste, com um tom de voz triste que foi se animando — Não tem ninguém pra impedir a gente de ficar juntos.

— Você está certa! Vou parar de pensar sobre.

   Essa conversa talvez tirasse celeste da lista de suspeitos, Ela aparentemente nem sabe do assasinato, por sinal nem eu sei se realmente sei agora, tudo se me dava mais desconfiança, mas que tem algo errado ai tem.

   A porta da sala de consulta se abriu e a pessoa que estava sendo atendida saiu. James e Celeste se levantaram, e ele se dirigiu a sala da psicóloga.

— Está pronta pra consulta? — perguntou ele.

  Claro que a consulta não era pra ele, assassinos não vão ao psicólogo por vontade propria.

   Esperei até que eles entrassem na sala antes de me levantar rapidamente e sair do consultório, esquecendo totalmente da consulta.

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