O último show

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O som ensurdecedor da multidão encheu o estádio, milhares de vozes unidas em um coro de adoração. Luzes brilhantes piscavam, criando um espetáculo de cores que refletiam a energia elétrica no ar. Michael Jackson estava no centro do palco, sua presença magnética segurando a atenção de todos os presentes. Ele acabava de finalizar o último acorde de "Dirty Diana", seus braços levantados no ar, enquanto o público aplaudia e gritava sem parar.

Michael sentia o suor escorrendo por seu rosto, a adrenalina ainda pulsando em suas veias. Ele estava exausto, cada músculo de seu corpo doía depois de semanas intensas de turnê, mas um sorriso de satisfação se formava em seus lábios. Este era o último show antes de suas tão aguardadas férias. Um momento que ele ansiava há meses, uma chance de escapar dos holofotes e da constante pressão da fama.

Nos bastidores, sua equipe se movia rapidamente, desmantelando equipamentos e preparando tudo para a viagem de volta. Michael caminhou em direção ao camarim, acenando para alguns membros da equipe e fãs que haviam conseguido acesso exclusivo. Sua mente já estava em Paris, um destino que ele sempre sonhara em visitar com calma. A Cidade Luz prometia a ele a tranquilidade e o anonimato que tanto desejava.

Dentro do camarim, ele finalmente conseguiu um momento de paz. Sentou-se em uma cadeira e passou a mão pelo rosto. Seus pensamentos vagaram para as ruas de paralelepípedos, cafés charmosos e a promessa de se perder em uma cidade onde poderia ser apenas mais um visitante, sem as incessantes câmeras e os gritos das multidões.

Seu empresário, Frank, entrou no camarim, interrompendo seus devaneios.

— Parabéns, Mike. Você foi incrível lá fora — disse ele, colocando a mão no ombro do cantor.

— Obrigado, Frank. Mas estou muito ansioso para essas férias. Preciso de um tempo para mim — respondeu Michael, seu olhar distante.

— Eu sei, e você merece. Paris vai ser maravilhosa. Arrumamos tudo para que você tenha o máximo de privacidade possível. Pode relaxar e aproveitar.

Michael assentiu, sentindo um alívio ao ouvir aquelas palavras. Ele sabia que ainda haveria fãs e paparazzi tentando encontrá-lo, mas a ideia de se perder nas ruas parisienses era irresistível.

— Estou contando com isso — disse ele, levantando-se. — Vou tomar um banho e depois podemos discutir os últimos detalhes.

Enquanto Michael se preparava para deixar o estádio, ele não podia deixar de sentir uma excitação crescente. Paris representava não apenas uma pausa na sua vida agitada, mas também a possibilidade de novas experiências e, talvez, novas conexões. Mal sabia ele que a cidade tinha planos próprios para ele, e que um encontro inesperado estava prestes a mudar sua vida de maneiras que ele nunca poderia imaginar.

Com a promessa de descanso e aventura, Michael deixou o estádio, ansioso pelo que o futuro em Paris lhe reservava.

Remember the time in moonlightOnde histórias criam vida. Descubra agora