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NICA BELLINE Roma | Itália
Despertei no meu quarto, olhei ao redor e me sentei na minha cama sentindo uma certa ardência na minha intimidade e uma pequena cólica. Ontem eu perdi minha virgindade, e ele apenas me trouxe pra casa e não falou comigo o resto do caminho. Será que ele se arrependeu?!
Eu gostei muito apesar dele ter agido como se não fosse nada importante pra ele. Me levantei e fui tomar banho, eu preciso de um urgente.
— Nica? — ouvi a mamãe batendo na porta do banheiro — você vai se atrasar pra aula, amor!
Merda.
— Tô indo mãe! — gritei do banheiro.
Eu deveria contar pra ela que eu perdi a virgindade não é?! Sim. Eu deveria! Mas eu não quero que ela pense que eu transo com qualquer um que aparece na minha frente. Eu nem ao menos namoro com ele, foi tudo tão de repente. É melhor ela não saber.
Saí do banheiro e corri pro meu quarto e me arrumei rapidamente. Olhei no espelho e revirei os olhos vendo alguns chupões no meu pescoço. Peguei minha nécessaire em busca das maquiagens que minha mãe comprou pra mim e eu nunca usei na vida. Agora elas serão úteis.
— Não brinca? — Olhei todos os frascos vazios e revirei meus olhos com ódio de mim mesma. Eu não posso entrar na escola sem o uniforme, e meu casaco não cobre meu pescoço pra esconder isso. No máximo que eu posso usar por cima dele é outro casaco e de preferência da mesma cor do original da escola.
Vesti o uniforme e coloquei o casaco azul escuro por cima e ainda bem que ele tem capuz também. Coloquei minhas meias e sandálias. Arrumei meu cabelo embaixo do capuz e me olhei no espelho buscando sinais de marcas que só poderiam ser vistas de perto.
Peguei meu celular e vi diversas mensagens no meu Instagram comentando o inferno que eu estou fazendo na vida dos alunos do St Louis School.
— Mas que porra… — abri um vídeo enviado por alguém na boate ontem onde o Zaiden brigava com o Nico e o tapa que eu levei da Sienna — caralho!
Era só o que faltava na minha vida. Joguei meu celular dentro da bolsa e sai do meu quarto, mamãe me olhou incrédula.
— Que isso Nica? — me olhou de cima a baixo e gelei por dentro com medo que ele visse os chupões no meu pescoço — hoje não está tão frio pra você estar tão agasalhada dessa maneira.
Soltei a respiração que eu nem havia notado que tinha prendido.
— Eu estou com frio sim mãe, acho que peguei um resfriado ontem — sorri amarelo e ela levantou uma sobrancelha não acreditando em mim — eu vou indo nessa, te amo mãe!
Corri antes que ela resolvesse me investigar mais ainda. Quando abri a porta vi o carro da Billie parado ali na frente e ela e a Harley me olhando como se eu tivesse assassinado alguém e não tivesse contado pra elas.
