Com delicadeza girei o pequeno botão para que o volume do som aumentasse. Meus dedos tamborilavam no ritmo da música sobre o volante do volvo preto que agora estava sobre meu comando.
O comissário Lula achou justo que eu tivesse meu próprio carro, nada de viaturas da policia.
Felipe deixou claro que quer total discrição sobre a investigação das finanças da Costa Enterprise. Devido a essas exigências, eu estava agora em meu carro do ano, vestindo roupas normais, nada de fardas policiais, a caminho de um dos restaurantes mais caros da cidade de São Paulo.
O homem com todo seu poder, fazia total questão de esbanjar seus bens financeiros. Eu estava a duas quadras do bistrô aonde seria feita a pequena reunião. Passei cautelosamente os dois sinais de transito, para finalmente estacionar na vaga vazia em frente ao restaurante.
Olhei pelo pequeno espelho, ajeitando alguns fios de cabelo que teimavam em ficar revoltos. Para em seguida guardar minha pistola cromada, no coldre que ficava em minha coxa, a arma era pequena e dificilmente seria notada por
debaixo do vestido preto soltinho que eu usava aquela noite.Sai do carro, pegando minha jaqueta de couro preta sobre o banco, na qual vesti rapidamente antes de entrar no restaurante. Um rapaz muito bem vestido estava na porta com um ipad nas mãos.
- Boa noite, senhora. Tem reserva? - perguntou educadamente.
Janja: - Sim, vim encontrar Com o Sr. Felipe.
-Oh, por favor. Venha comigo.
O homem lentamente me guiou até uma área mais privada do restaurante, onde só havia uma mesa. Nela estava Felipe, juntamente de mais três homens, incluindo o comissário Lula.
Agradeci mentalmente por não ver Virgínia junto a eles, era um alivio sair do campo de visão da loira.
Janja: - Boa noite senhores. - disse ao três, que de forma galante levantaram de suas cadeiras para me cumprimentar.
Felipe: - Sente conosco, agente Silva.
Felipe falou ao puxar a cadeira ao lado dele. Tirei minha jaqueta, e delicadamente me sentei ao lado dele e de mais um homem que não reconhecia.
Felipe: - Esse é meu advogado, Lucas
Lucas: - Muito prazer, agente Silva.
Janja: - O prazer é meu.
Felipe: - Bom, eu escolhi essa área mais privada para que possamos falar sobre o caso. Podemos jantar depois, se importam?
Lula: - De forma alguma, Sr. Felipe. - Lula falou educado.
Felipe: - Perfeito! Lucas, explique tudo.
Lucas era um homem que aparentava estar na faixa de seus trinta e cinco anos, era branco de cabelos pretos. Seu porte fisico mostrava que o mesmo, assim como Felipe, passava boas horas na academia. Ele usava um terno cinza, e uma camisa azul claro por dentro.
Lucas: - Bom, aqui estão às movimentações suspeitas. Eu tive o trabalho de recolher nos setores as papeladas na qual vimos à irregularidade. - disse ele ao entregar uma copia para cada pessoa da mesa. - Vocês podem ver que os gastos programados não incluem a quantia que sumiu. O grande problema é que não conseguimos obter informações de quem fez isso, mas o mesmo falhou. O sistema foi brutalmente violado, por isso notamos rapidamente.
Janja: - Tiveram informações sobre o programa de segurança? - perguntei.
Lucas: - Sim! O mesmo se isentou de culpa. Afinal, o alerta foi feito normalmente assim que o programa foi invadido.
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Xeque-mate
FanfictionUm jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado do tabuleiro a delegada, Rosângela da Silva, do outro, a esposa de um magnata, Virgínia Fonseca. Nesse jogo, apenas um cairá. Quem terá a melhor estratégia...