Janja
Despejei mais uma boa quantidade de café quente em minha xícara. Eu iria precisar se caso quisesse me manter ligada o suficiente em meu raciocínio. Sobre a mesa estavam todas as documentações recolhidas por Leila e eu. Depois de algumas horas no centro técnico de informação, Leila ainda estava tentando decifrara codificação do sistema, na tentativa vaga de conseguir sequer uma informação que nos levasse a um suspeito.
Janja: - O gerente de sistema entrou em contato com você?
Leila: - Sim, disse que iria vir à delegacia amanhã para prestar depoimento. Mas adiantou que de acordo com eles, a senha que tem total acesso ao sistema só uma pessoa pode ter.
Janja: - Mas eles como donos, tem acesso a qualquer coisa do sistema. — Disse tomando mais um gole do café.
Leila: - Não creio que dariam um tiro no pé. Se o sistema se mostrar falho, eles pagariam uma multa milionária para o dono da empresa.
Leila falou ao virar sua cadeira em minha direção.
Janja: - Multa?
Leila: -Sim, de acordo com o contrato feito, se o sistema mostrar alguma falha, a empresa de segurança terá que pagar a quantia roubada e mais uma multa altíssima.
Janja: - Mas para isso teriam que entrar com uma ação na justiça, provando que o sistema teve uma falha.
Leila: - Sim, isso é.
Leila tocou com a parte traseira do lápis no canto de sua têmpora, enquanto pensava na situação.
Janja: - Não seria tão difícil assim. Uma boa maneira de conseguir uma bela grana.
Leila: - Não acho que Felipe precise disso. — a maior falou me encarando, provavelmente achando aquela idéia absurda.
Janja: - Porque não? Esses homens costumam sempre querer mais do que tem.
Leila: - Sim, já vi muitos casos. Mas porque ele chamaria a polícia para investigar?
Janja: - Estratégias. Não estou dizendo que ele roubou! Só acho que no meio disso tudo, todos são suspeitos.
Leila deu de ombros, e voltou com a atenção no sistema.
Janja: -Tenho uma idéia! — disse ao me sentar ao lado da maior.
Leila: - Qual?
Janja: - Você está revirando todos esses dados,.mas não está encontrando absolutamente nada. Poderíamos colocar um rastreador de IP. Cadastramos todos os IP's da Costa Enterprises, e qualquer IP diferente que entre no sistema vai ser automaticamente informado.
Leila: - Isso é uma ótima idéia, Janja! Mas não creio que a pessoa que roubou entre tão facilmente. Ela mascara isso muito fácil.
Janja: - Eu sei, Leila. Mas podemos interferir nisso, enquanto ela estiver em nossa rede. Precisamos ser rápidas, para tirar informações enquanto a pessoa estiver online.
Leila: - Acha que daria certo?
Janja: Sim! Quinhentos mil reais não deve ser a quantia suficiente para quem roubou, ela vai entrar de novo, e pegáramos IP, e descobriremos de onde a pessoa é.
Leila: - Gosto da sua idéia.
Janja: - Perfeito. Amanhã eu quero interrogar algumas pessoas, Sory vai comigo até a Costa Enterprise.
Leila: - Enquanto isso eu vou procurar algum programa da policia federal para instalar na Costa Enterprise. Precisamos de mais uma pessoa. — a loira falou enquanto desligava o computador.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Xeque-mate
FanfictionUm jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado do tabuleiro a delegada, Rosângela da Silva, do outro, a esposa de um magnata, Virgínia Fonseca. Nesse jogo, apenas um cairá. Quem terá a melhor estratégia...