A rainha

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Janja

O jardineiro de boa idade cortava os galhos que estavam fora do lugar no jardim da frente. A mansão Costa contava com uma enorme extensão de terreno, um gramado bem cuidado, e um belo chafariz no centro do espaço, onde a todo instante jorrava água, repetidas vezes. O homem parecia concentrado em seu serviço, o que atraiu minha atenção até ouvira voz aveludada ao fundo.

"Agente Silva."

Eu senti aquele arrepio percorrer minha nuca assim que senti a mulher se aproximar. Virei de frente para a loira, me deparando com a visão mais tentadora daquela manhã.
Engoli em seco, deixando que meus olhos fracos analisassem cada mínimo detalhe da loira.

Janja: - Virgínia. - foi o que conseguir pronunciar.

A mulher curvou o canto dos lábios em um sorriso cínico, provavelmente se dando conta de como eu praticamente a engolia com os olhos. Em minha defesa, eu tentei empregar todas as minhas forças no pingo de sanidade que me restava. Virgínia estava nesse exato instante a minha frente, usando apenas um mini short de tecido soltinho, na parte de cima um pequeno top preto cobria seus seios.

Ela tinha uma toalha branca nas mãos, no qual delicadamente deslizou por seu pescoço, onde pequenas gotas de suor escorriam.

Janja: -Quer dizer, Sra. Costa.

Seu abdômen liso estava totalmente livre diante de meus olhos, igualmente como a parte superior de seus seios. O top tinha um belo decote, eu poderia dizer. Era notável como a loira dava certa atenção ao seu preparo fisico, o corpo de virgem era simplesmente invejável, para mim, delicioso.

Virginia: - Não, Janja. Fonseca, Janja. Senhora Fonseca. - corrigiu ela. - Enfim, a que devo a honra de sua visita
em minha casa?

Eu devo ter piscado mais vezes do que o normal, pois Virgínia sorriu abertamente antes de se aproximar mais da janela.

Janja: - Estou aqui a trabalho, Sra. Fonseca. Fui escalada temporariamente para fazer sua segurança particular.

Virgínia: - Temporariamente?

Virgínia deslizou a toalha por cima de seus seios, atraindo meus olhos teimosos, que se fixaram nos mesmos. Meneei com a cabeça negativamente, e voltei à atenção para um
canto qualquer da casa.

Janja: - Sim, até encontrarem uma substituta.

A loira assentiu, com um sorriso desacreditado. Onde você esta se metendo, Janja?

Virgínia: - Isso vai ser interessante.

Janja: - O que disse? - me fiz de desentendida.

Os olhos castanhos de Virgínia se fixaram em mim, e sua expressão se suavizou.

Virgínia: - Nada, Silva. Precisamos conversar, melhor, quero saber como isso vai funcionar.

Janja: - Claro, posso explicar. - falei me afastando dela.

Seria cômico, se não fosse trágico. Eu queria manter distancia daquilo que mais poderia me perturbar ali, mas seria impossível.

Virgínia: - Certo, é melhor você me esperar no escritório particular do Felipe. Eu não quero os empregados ouvindo a nossa... - Virgínia se calou por alguns segundos, e depois voltou à atenção para mim. - Conversa.

Janja: - Não vejo problema, Sra. Fonseca.

Virgínia: - Mas eu vejo, agente Silva. - disse em tom decidido.

Virgínia: - Eliza! - Virgínia chamou. Em poucos segundos a
mulher se apresentou na sala, devidamente uniformizada. - Leve a agente Silva até o escritório de meu marido. Eu vou tomar um banho, e logo desço.

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