Champanhe

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Janja

O liquido tocou a ponta de minha lingua, no qual fiz questão de apreciar lentamente. O whisky escocês estava liberado para mim aquela manhā. Afinal, só bebendo para suportar a chatice de ter que vigiar Virgínia em meio ao seu trabalho. A loira fiscalizava cada mínimo detalhe do processo de arrumação das obras que seriam expostas em sua galeria essa noite.

Juntamente de sua melhor amiga, Maya Bishop. As duas circulavam pelo salão extenso, agora devidamente repleto de caixas de madeira, onde continha os quadros de um artista contemporâneo de grande importância. Uma boa equipe de funcionários acomodava as obras nos pontos onde ambas as mulheres ordenavam.

De acordo com as mesmas, tudo precisava ficar do gosto
do publico, até mesmo a iluminação teria que favorecer as
obras.

"Um pouco mais para esquerda! Vamos colocar o outro quadro em direção aquela coluna."

Virgínia ordenou a dois homens que, agora estavam pendurados em escadas de alumínio bem a sua frente. Uma das características da loira, perfeccionista.

Ela ordenava tudo com firmeza, sendo obedecida em questão de segundos. Me encostei no balcão, local onde seria montada uma espécie de bar. Alguns funcionários também já arrumavam tudo, enquanto eu apreciava um pouco da bebida.

De longe recebi um olhar rápido,e um breve sorriso da loira. Virei o copo do whisky até o final, tirando minha atenção da loira, que prontamente voltou a fiscalizar.

Assim que ela tirou os olhos de mim, voltei a prestar atenção na mesma. Hoje Virgínia Fonseca estava toda de
branco, vestia uma saia longa, com uma enorme fenda na
coxa direita. Dando uma bela e sexy visão de sua coxa. Em
seus pés um salto de cor nude. Na parte de cima, ela usava
um cropped de gola alta, sem mangas.

Seus cabelos permaneciam lisos. Eu adorava a maneira como ela mexia nos mesmos, jogava de um lado para o outro, sem se preocupar se ficariam desgrenhados, até porque mesmo assim, ainda dariam um ar sexy. A loira conseguia transformar seus traços, jeitos, e tudo em si em algo sexy.

Ela era sedução e poder.

- Acho que você precisa de mais um copo de
whisky.

Tirei os olhos de Virgínia, e olhei o jovem rapaz que estava do outro lado do balcão. segurando a garrafa do whisky nas mãos.

Eu engoli em seco, sobre o olhar curioso do mesmo que, com toda certeza, havia percebido a forma como eu olhava Virgínia.

Janja: - Realmente preciso.

- Eu sei. Mas olha, é impossível. - disse ele, ao me servir de uma dose da bebida.

Um sorriso se instalou em meus lábios. Ele parecia ser apenas um pobre garoto, cheio de hormônios que admirava sua chefe, da forma mais sexual possível. O garoto olhou Virgínia, e suspirou.

Para ele, eu até diria que poderia ser impossível. Já para mim..

Janja: - Acho que você tem que beber também. - brinquei.

- Não, Deus me livre! Se ela me pegar bebendo estou no olho da rua.

Soltei uma sonora risada, e olhei Virgínia que nos encarou. O garoto logo voltou a arrumar as prateleiras de bebida. E eu apenas ergui o copo de bebida a loira, que negou com a
cabeça, logo tendo sua atenção atraída por Maya, que mostrava algumas papeladas.

Meu celular que estava sobre a bancada, se moveu assim que começou a tocar. Capturei o objeto, e na tela pude ver o nome de Rita.

Janja: - Bom dia, agente Castilho.

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