Bandido ou Robin hood, me chamem do que quiser.
Pisei mais uma vez no acelerador do carro, que se moveu poucos metros para frente. O transito em São Paulo estava como sempre um caos. A fileira de carros a minha frente,
tirava toda e qualquer vontade de cruzar a cidade para visitar meu lugar favorito.Girei o pequeno botão do aparelho de som acoplado no painel de meu carro, ouvindo a música se estender por todo interior do automóvel. Os ruídos dos carros e reclamações do lado de fora, foram cessando gradativamente com o andar dos veículos.
Encostei a testa sobre o volante do carro ao notar a luz vermelha se ascender no semáforo.O som estridente das buzinas a minha volta, me fizeram perceber que o sinal verde já havia sido dado. Levei com o carro até a próxima
esquina, parando em uma das melhores cafeterias do bairro. Bem perto de onde sempre costumava ir.A Costa Enterprise. Estacionei meu carro na primeira vaga, um Toyota Rav4, bem ao lado da porta de entrada. Olhei por todo interior do veículo, antes de pegar a mochila preta que estava repousada no banco do carona.
Depois de ligar o alarme do carro, caminhei em passos lentos até a entrada da cafeteria. Algumas pessoas que passavam pela entrada soltaram um sorriso gentil, e logo se retiraram. O lugar era sofisticado e aconchegante. Contava com uma decoração retro, com moveis e objetos que hoje em dia pareciam não ter valor, mas ali se enquadraram bem.
Segui caminho até a ultima mesa, sentando no banco de frente para todos que todos ali estavam. Larguei a mochila ao meu lado, quando pude perceber a presença de uma das garçonetes bem próxima.
-O que deseja?
Uma moça ruiva, com sardas no rosto perguntou. Ela tinha o bloco de notas e uma pequena caneta azul nas mãos. Levei os olhos ao cardápio, antes de escolher uma das primeiras opções.
- Me veja um expresso duplo.
- Mais alguma coisa?
- Por enquanto não.
A moça terminou de anotar em seu pequeno bloco de notas, e então se retirou. Logo capturei meu notebook, que estava dentro da mochila. Liguei o aparelho que em poucos segundos estava pronto.
-Vamos ver como anda as coisas na Costa Enterprise's.
Digitei rapidamente a senha para que o computador liberasse o acesso. Cliquei no pequeno atalho do programa utilizado pela empresa de Costa, abrindo uma pequena janela onde se pedia o login e a senha do funcionário.
- Vamos testar isso.
Antes de fazer qualquer tentativa de entrar no sistema digital da Costa. Tratei de ativar o mascarador de IP. Com as últimas informações obtidas por mim, alguma espécie de investigação estava sendo feita. E ter meu notebook como referencia, não estava em meus planos. Logo o programa mascarou o IP, dando assim a tranqüilidade para continuar.
Voltei à janela inicial da Costa o. Digitando o login e a senha utilizada por mim nas ultimas vezes na qual fiz uma pequena visita ao sistema. O primeiro acesso foi
rapidamente negado.Tentei mais uma vez, e novamente as letras em vermelho informaram "acesso negado."
- Droga. - exclamei.
A terceira tentativa bloquearia o login, e instantaneamente uma mensagem de alerta seria enviado à central do sistema.
Eu respirei fundo, quando a garçonete ruiva se aproximou.
-Aqui está seu café. - disse ela ao depositar a xícara de café sobre a mesa.
E agradeci com um breve sorriso, e logo a moça se retirou. Capturei a alça da xícara, erguendo a mesma na altura de minha boca. Aspirei o aroma que se propagava em meio a fumaça que deixava o liquido quente, antes de bebericar um pequeno gole.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Xeque-mate
FanfictionUm jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado do tabuleiro a delegada, Rosângela da Silva, do outro, a esposa de um magnata, Virgínia Fonseca. Nesse jogo, apenas um cairá. Quem terá a melhor estratégia...