Virgínia
O rolls royce phantom passou pelos enormes portões de minha casa lentamente, sendo devidamente revistado
pelos seguranças na portaria. Felipe repousou a mão
sobre minha coxa em um carinho suave. Eu encarei seu
rosto que, carregava um sorriso cansado. O homem me
olhou, antes de bocejar pela quarta vez em menos de dez
minutos.Eu sorri para ele, antes de voltar meus olhos para a mulher que estava sentada do outro lado. Janja não me olhava nos olhos.
Provavelmente nervosa demais pela situação. E eu não estava diferente, afinal, aquela era a primeira vez que eu dopava Felipe.
Aquela era a primeira vez que eu o trairia
dentro de nossa própria casa.- Chegamos. - o homem falou. João rapidamente se aproximou da porta, abrindo para que pudéssemos sair.
Felipe saiu do carro, e gentilmente estendeu a mão para mim, e logo depois para Janja. Subimos as escadas em direção a porta de entrada. Em um completo silencio.
Felipe: - Finalmente, estava exausto. - disse ele, enquanto desabotoava seu blazer.
Janja: - Eu acho que já vou. - Janja Comentou.
Me virei de frente para ela, que também recebeu um olhar de Felipe.
Virgínia: - Não mesmo. Você fica.
Os olhos castanhos da agente se fixaram nos meus por uma pequena fração de segundos, e logo desviaram.
Felipe: - Está tarde, agente Silva. Fique, amanhã de manhã bem cedo mando levar você em casa. - meu marido falou calmamente.
Janja: - Mas...
Virgínia: - Sem mas, querida. Eu vou levar você até o
quarto de hospedes.Felipe: - Faça isso, meu bem. E depois venha para o quarto comigo. - Falou em meio a um bocejo.
Virgínia: - Pode deixar, meu bem.
Me aproximei de Felipe, depositando um beijo rápido nos lábios de meu marido que sorriu. Eu daria tudo para ver a cara de Janja agora, ou ao menos saber o que estava se passando em sua cabeça.
Felipe: - Boa noite, agente Silva. - disse ele antes de subira escada para o segundo andar.
Janja: - Boa noite, Sr. Felipe.
Assim gue Felipe sumiu no alto das escadarias, eu voltei minha atenção para Janja. Ficamos uma de frente para a outra, sem falar absolutamente nada. O clima parecia estar pesado e intenso.
Virgínia: -Vou lhe mostrar seu quarto.
Janja: - Eu vou embora. - Janja falou se afastando.
Virgínia: - Você não vai. - segurei em seu braço rapidamente, fazendo seu corpo parar.
Janja: -Vou.
Virgínia: -Tem tanto medo de mim assim, agente Silva?
Janja virou Seu corpo novamente em minha direção. Ela
tinha as sobrancelhas unidas, como cenho franzido.Janja: -Eu não tenho medo de você, Virgínia.
Virgínia: -ótimo, então fique.
Janja suspirou, ainda com o olhar fixo em mim. Eu não
ousei desviar, eu mostraria que estava firme ali.Janja: - Tudo bem, Sra. Costa.
Abri um sorriso de canto, mas nada falei. Apenas dei as costas para a loira e, caminhei em direção a um dos corredores. Janja prontamente se movimentou, e caminhou atrás de mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Xeque-mate
FanfictionUm jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado do tabuleiro a delegada, Rosângela da Silva, do outro, a esposa de um magnata, Virgínia Fonseca. Nesse jogo, apenas um cairá. Quem terá a melhor estratégia...