A madrasta (wencleir)

Ser racional

☆Enid narrando☆

Eu havia escutado perfeitamente oque Wednesday tinha falado, e por dentro fiquei em choque, mais por fora fingi não escutar, ela queria ter me beijado?...

As vezes eu me pegava pensando sobre o comportamento de Wednesday, ela as vezes me pedia pra sentar em seu colo, me chamava de bebe, as vezes de linda, eu não sabia diferenciar se nesses comportamentos tinha malícia sim ou não, mais agora tudo faz sentido.

Se eu fosse uma pessoa irracional eu pegaria a Wednesday, o problema é que é minha madrasta, mesmo eu não a considerando muito ela não deixava de ser minha MADRASTA.

Meu lado racional não permite isso, ela era mulher do meu pai, como que eu vou...Isso é até engraçado e inusitado.

- Er...- limpei minha garganta - Wednesday eu não entendi oque você falou - me fiz de boa boba.

Wednesday revirou os olhos.

- Eu não disse nada - bufou - Se quiser ir pro seu quarto pode ir.

Nunca agradeci tanto a Deus como agora, eu pensei que ela fosse repetir oque ela havia dito, mas ainda bem que não aconteceu, se não eu não ia saber oque falar.

Sai depressa da sala de Wednesday e subi pro meu quarto, só de pensar que meus próximos dias seriam o puro tédio já fico desanimada, alguns meses atrás eu tentei conversar com Wednesday sobre eu trabalhar como jovem aprendiz, trabalhar seria uma forma de eu evitar ficar tanto em casa, até porque eu já esperava que uma hora ou outra Wednesday me tiraria da escola, e trabalhar seria um compromisso que eu teria para sair de casa e eu não ia depender tanto dela pra coisas mínimas que eu precise comprar, mais obviamente Wednesday não deixou, e achou um absurdo eu pedir pra trabalhar sendo que eu não "preciso".

☆Wednesday narrando☆

Eu tinha quase certeza que Enid tinha escutado muito bem oque eu tinha falado, eu não falei tão baixo, acho que ela fingiu não entender porque deve ter ficado sem reação, até porque não é todo dia que sua madrasta quase te dá um beijo na boca.

Sentei em minha poltrona e abri a gaveta para pegar o celular de Enid, eu não planejava deixa-lá muito tempo sem, no máximo uns 3 dias, mais antes de eu devolver o celular dela eu tinha uma coisa pra fazer nele.

Liguei o seu celular, e vi que ele não tinha senha, fui em sua lista de contatos e vi um número salvo como Yoko e um coração ao lado, que me fez ficar irritada, apaguei esse contato e entrei no WhatsApp, e vi um pouco da conversa de Enid com Yoko, logo que vi Yoko chamando Enid de "amor", senti meu sangue ferver de novo, e decidi a pagar toda a conversa, e depois guardei seu celular de novo.

Eu não conseguia aceitar Enid com outra pessoa que não fosse eu, eu não aceitava de jeito nenhum, e nem queria aceitar, sempre gostei de Enid, sempre tive olhos pra ela, quando conheci o pai dela eu me encantei por ele, mais logo isso passou, só continue com ele porque algo me dizia que ao lado dele eu ia encontrar meu caminho e eu precisava ficar com ele, e hoje eu entendo porque, ele se foi e deixou uma filha para mim cuidar, com passar do tempo, eu fui vendo Enid crescendo, e hoje ela tem 17 anos e já é quase uma mulher, e meu desejo por ela foi aumentando.

Enid ao passar do tempo foi esfriando, ela nunca foi de demonstrar seus sentimentos, isso antes mesmo de seu pai morrer, ele dizia que enid sempre foi assim, mais com a morte de sua mãe isso se intensificou, e hoje em dia a única coisa que ela realmente sabe demonstra é raiva, talvez esse seja apenas o jeito dela, apesar de ela não demonstrar eu admirava isso nela, sempre tentando se virar sozinha.

Fiquei pensando que nem me toquei que eu tinha que trabalhar, o pai de enid havia deixado 2 casas 1 uma imobiliária digital, na qual dias antes dele falecer, ele havia passado em meu nome, essas 2 casas eu decidi colocar para alugar, em relação a imobiliária eu trabalhava pelo meu computador mesmo e eu consigui expandir bastante a imobiliária, apesar de ser online, eu consigui passar uma boa impressão para os clientes, e sempre eu estava alugando ou vendendo imoveis.