Itália, o grande sonho de muitos amores. Com toda sua beleza, história e tradição, a Itália era mais que apenas um país, era um sentimento. E eles sentiriam aquilo por longos quarenta dias.
Eles chegaram ao aeroporto ao meio dia Italiano, o vôo não demorou e a chegada foi tranquila.
A demora fora a partida. Três dias de preparação.
Fabrício não queria deixar o Brasil sem antes combinar algumas coisas com Dionísio. A padaria do Portuga e a Pizzaria não poderiam ficar sem guardas, mesmo que nada acontecesse, e todo o dinheiro arrecadado seria entregue à Fabrício e os rapazes assim que eles retornassem. Os responsáveis dos rapazes receberiam a noticia de um homem qualificado, um advogado, que inventaria um motivo tão absurdo quanto o que Ricardo deu à sua namorada.
- O que? – Istella havia perguntado.
- Sério, ganhamos uma viagem para a Itália, do Caldeirão do Hulk, mas tivemos que sair correndo e não deu tempo de avisar ninguém nem de pegar nada.
Essa fora a história de Ricardo. Istella não havia caído nessa mentira escabrosa, e ele sabia disso. O que ele não sabia era que teria uma surpresa quando retornasse.
Inicialmente os garotos não queriam viajar, mas querer não fazia mais parte daquele esquema em que eles estavam inseridos. Eles tinham matado um dos homens mais perigosos da região, o Careca, e ainda haviam participado da prisão de muito soldados do tráfico. Eles precisavam sumir por um tempo, não por diversão, nem por vontade, mas por sobrevivência.
Dionísio não mandaria os garotos para a Itália simplesmente por capricho. Ele tinha negócios com Italianos há muitos anos, herança de família. E ele era um homem de negócios, apesar de seus problemas com o vinho, sabia identificar investimentos a longo prazo. Ele percebeu o fascínio dos garotos por toda essa coisa de Máfia. A forma como eles falavam uns com os outros, como se vestiam, como respeitavam Fabrício acima de tudo. Ele estava disposto a investir nisso, pois sabia que poderia contar com aqueles garotos para seus negócios paralelos.
- Caralho! – essa foi a primeira palavra dita em território Italiano - Olha o tamanho desse Aeroporto mano. – exclamou Ricardo assim que eles desembarcaram.
De fato o Aeroporto era imenso. Falcone e Borsellino, um dos mais belos aeroportos da ilha. A Sicília os fascinava, pois o filme ainda rodava em seus corações.
- Preciso pegar o General cara. – disse Paulo, e foi até um balcão de informações.
Eles pegaram as bagagens, uma mala para cada um, e foram até o lado de fora. Estavam todos bem vestidos, como Fabrício havia dito. Por fim, depois de vinte minutos Paulo apareceu, e com ele vinha General, mais assustado do que nunca.
Do lado de fora havia um homem chamado Anthony, que deveria recebê-los. E assim ele o fez. Segurando uma placa ele viu os garotos e acenou. Eles se aproximaram e quando viram a descrição no papelão riram em uníssono.
Podia-se ler: Família Cassarano. Uma brincadeira de Dionísio, que estava disposto a entrar nessa, desde que o dinheiro continuasse fluindo e se direcionando aos seus bolsos.
- Olá. – disse o homem, em português. Era um sujeito alto e magro, com um longo cabelo negro amarrado em um rabo de cavalo. Vestia terno sem gravatas. Tinha o rosto fino e o nariz mais fino ainda. Tinha uma expressão severa no rosto.
- Anthony? – perguntou, e se arrependeu, Henrique. Era óbvio que o homem era o Anthony.
- Sim. – confirmou e abriu a porta de um carro preto que estava ali – Entrem.
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Família Cassarano (por Marco Febrini) (Sem revisão)
PrzygodoweTrês amigos comuns se encontram no meio de algo mais perigoso do que poderiam imaginar. Em uma noite um filme de Máfia perturba suas mentes adolescentes, e eles decidem brincar com o perigo. Decidem criar sua própria Família Mafiosa. Nessa história...