ÁUREA HAVIA PASSADO às primeiras semanas se adaptando a casa dos Shelby's, e também adaptando-se a ter um homem sempre por perto vigiando, ela não costumava estar muito perto de homens onde morava, em exceção de seu pai, é claro. Ela acordava todas as manhãs, e tomava chá com Ada, elas conversavam sobre coisas de mulheres, Ada havia contado sobre seu romance proibido com Fred Thorne, Áurea apoiava os dois, ela acreditava que para o amor não existia barreiras, e se eles se amassem verdadeiramente, então que ficassem juntos. Polly dificilmente trocava palavras com ela, e passava a maior parte do tempo longe de casa, ninguém sabia para onde ela ia mas também não se importavam muito, John e Arthur rapidamente viraram seus melhores amigos, eles jogavam cartas juntos todas as noites, bebiam uísque e ficavam até tarde conversando, eles faziam bobagens oque fazia com que Áurea passasse a maior parte do tempo rindo. Thomas estava se adaptando a ela mais como um amigo, do que como um verdadeiro marido, mas ele era muito ocupado e dificilmente tinha tempo para que eles conversassem como um casal. Áurea também conheceu o pequeno Finn que tem 10 anos, possivelmente o menino Shelby mais novo da família, ela cuidava dele e das crianças de John durante o dia, John tinha uma ninhada de pestinhas, mas ela os adorava.
Agora ela encontrava-se sentada sob a mesa, com John e Arthur e cartas, e alguns dólares sob a mesa. Eles estavam apostando para ver quem levaria, e Áurea também estava fazendo parte do jogo.
— Alguém tem um seis? — John perguntou, enquanto mordia o palito que estava na sua boca, ela não sabia o porquê mas ele sempre estará lá.
— Vá procurar, ora. — Áurea disse fazendo John fazer uma careta.
— Preciso só de mais uma carta. — Arthur disse, mexendo no baralho em suas mãos.
—Vocês vão perder, como todas as noites desde que cheguei aqui. — Áurea disse convencida.
— Ahaha, muito engraçadinha. — John disse, dando-lhe um chute por baixo da mesa, ela o retribui.
— Irá ficar uma marca, tonto! — Áurea disse, referindo-se a pequena ardência que agora ela sentia na canela, onde ele havia chutado.
— Nada que Tommy já não tenha marcado antes. — John brincou, e um sorriso malicioso saiu de seus lábios.
Áurea virou todo o uísque que tinha em seu copo de uma vez, ao ouvir a piada de John. Seu marido não tinha deixado nenhuma marca nela, até porque ele nem tocava nela depois do casamento e isso estava incomodando a e o porquê ela não tinha certeza.
— Vai com calma, ou Tommy vai nós matar por embriagar a mulher dele. — John disse, enquanto jogava uma carta sob a mesa.
— Falando nisso, onde Tommy se meteu? — Arthur perguntou franzindo o cenho.
— Pergunte a Áurea, ela que é casada com ele! — John disse, pescando mais uma carta, mas sem sorte dessa vez.
— Ele está no escritório, atarefado. — Áurea disse, olhando para seu baralho.
— Você devia ir vê-lo, levar um uísque talvez. — Arthur disse enquanto jogava duas cartas sob a mesa.
— Lá tem uísque. — Áurea disse sem fazer contato visual com nenhum dos dois.
— Então leve chá, vamos lá. — John disse, dando um chute em sua canela denovo, dessa vez mais leve.
— Vocês são chatos, hein. — Áurea disse Levantando-se e arrumando a barra de seu vestido, um pouco curto demais talvez? Foda-se estava calor. Pensou Áurea.
— Faça-o feliz hein! — John gritou para Áurea que subia as escadas em direção ao escritório de seu homem.
Ela subiu calmamente para não acordar finn nem Ada, que já adormeciam suavemente em suas camas, passos silenciosos, ela estava descalça oque ajudava a não fazer muito barulho. Duas batidas calmas no escritório de Thomas, ele levantou-se e abriu com calma, surpreso com quem viu.
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Jogo de Sedução - Thomas Shelby.
ActionPara um gangster criminoso como Thomas Shelby, o amor não é a peça principal da vida. O homem cujo tão frio e duro como pedra, nunca viu a necessidade de ter uma companheira ou ser leal a uma só mulher. Mas como tudo na vida pode mudar, o universo f...