Jogo de Sedução - Thomas Shelby.

• CAPÍTULO DOIS

UMA LUZ FRACA entra sob as frestas das cortinas, despertando thomas de seu sono. Ou melhor sua tentativa de sono, não era novidade para ninguém que desde que Thomas voltou da França as coisas não eram as mesmas, a noite ele conseguia ouvir o som das pás que seus companheiros usavam durante a guerra, parecia que estavam dentro da sua mente sempre lembrando-se do que queria esquecer para sempre. Mesmo com a ajuda do ópio os traumas da guerra ainda o atormentavam, afinal dogra nenhuma conseguiria expulsar os demônios que tomavam conta da sua mente todas as noites.

Levantando-se com calma, ele vestiu-se e saiu calmamente pela porta de seu quarto, ainda estava cedo demais e ele não queria acordar nenhuma das crianças da casa, principalmente Finn que dormia calmamente em sua cama.
Descendo as escadas das casa, pode ver Polly lendo as folhas de chá de Ada,elas fazem isso toda manhã e o porquê ele nunca soube. Pode ouvir John e Arthur discutindo em algum cômodo da casa enquanto jogavam cartas, o jogo que ambos trapaceavam todas as vezes.

- Bom dia, para você também - Ada falou.

- Obrigado, hoje é um dia ótimo concerteza. - Exclamou Thomas fazendo Ada revirar os olhos em desaprovação.

- Tommy! Para onde vamos está manhã? - John perguntou indo em direção a Thomas.

- Para minha sorte, bem longe daqui. - Ada reclamou, fazendo Jonh apontar o dedo médio para ela em resposta.

- Vamos para um estábulo muito famoso de birmigham. - Thomas disse enquanto passava o cigarro pelos lábios.

- A negócios? - Arthur perguntou.

- A negócios. - Thomas respondeu soltando a fumaça de seu cigarro.

- Que tipo de negócios vão fazer em um estábulo? - Polly pergunta franzindo o cenho.

- Vamos comprar uma égua de corrida muito talentosa, devo dizer. - Thomas disse enquanto servia uísque em seu copo.

- Égua de corrida? Eu juro que se me aparecer aqui com mais um cavalo de corrida, eu corto sua garganta fora com as malditas navalhas! - Polly gritou enquanto os três saíram pela porta sem dar explicações.

- Homens já são complicados Polly, e se eles forem shelby's, então piora. - Ada disse enquanto colocava as folhas de chá pela pia de louça.

- Ah, nem me fale! - Disse Polly enquanto deixava escapar de seus lábios a fumaça de seu cigarro.

☆

- Por que John pode ir no banco da frente, se a porra do irmão mais velho sou eu! - Arthur reclamou indignado.

- Por que eu não sou tão infantil como você! - John disse e um sorriso ladino coloriu seus lábios.

- Se o problema for esse, eu coloco os dois no banco de trás.- Thomas disse sério, enquanto dirigia até a entrada do estábulo.

Na entrada dos estábulos, havia uma porteira de madeira rústica mas bonita, uma placa pendurada na estrutura de cima escrito "Fortuna estábulos."  O que deixou os irmãos shelby's curiosos, pois o nome não tinha semelhança alguma com o dono da propriedade e sua família, a princípio. Thomas estacionou o carro em frente a uma enorme mansão de luxo e um pouco mais ao lado diversos homens devidamente uniformizados que treinavam e exercitavam cavalos.  Até que um homem alto, usando uma roupa de montaria branca, cabelos grisalhos e olhos azuis como o oceano veio em direção a Thomas e seus irmãos.

- Vocês devem ser os irmãos Shelby's não é mesmo? - Disse o homem grisalho andando em direção a eles.

- Nós mesmos. - Disse Thomas puxando um cigarro do bolso. - Posso? - O homem assentiu então Thomas acendeu seu terceiro cigarro da manhã.