• CAPÍTULO CINCO

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THOMAS ESTAVA adiantando seus trabalhos, tanto nos estábulos como na casa de apostas. Ele precisava de um dia livre amanhã, a última coisa que ele queria era que acontecesse um conflito com alguma família inimiga ou algum outro inimigo tentando machucar a família de sua noiva. Amanhã era seu casamento, e a mulher que sempre apoiara ele,  não trocava nenhuma palavra com ele a semanas, desde que soube do seu casamento arranjado, Polly tem ignorado ele como pode, e quando precisa, sendo estúpida e rigida. Hoje era dia de limpeza nos estábulos, tudo teria que estar perfeito, para chegada de sua nova égua, e também de sua noiva.

- Como o noivo se sente? - Charlie disse, sentando em um fardo de feno ao lado de Thomas.

Thomas deu um sorriso nasal, e acendeu um cigarro. - Vai bem atarefado. - soltou a fumaça de seus lábios.

- Como ela é? Tommy. - Charlie perguntou olhando para Thomas intrigado.

- Ela é uma boa mulher. - Thomas disse, tragando seu cigarro.

- Ela é bonita? - Charlie sorriu, enquanto olhava para Thomas que o repreendeu com o olhar.

- Você não devia estar trabalhando? Está cheio de coisas para fazer aqui! - Thomas disse e franziu o cenho olhando para Charlie

- Ah, vamos lá Tommy diga! Ela é bonita? - Charlie insiste

- Ela é linda, como um anjo. Agora vá trabalhar! -  Thomas disse, nem ele acreditará que aquilo saiu de seus lábios, mas não era uma mentira.

- Está caidinho Tommy! Essa eu paguei para ver - Charlie gargalhou alto, deixando o local. Thomas revirou os olhos em resposta

Agora ele estava dirigindo de volta a sua casa, na esperança que Polly voltasse a falar com ele normalmente mas sabia que não seria fácil. De olho na estrada, flashbacks do dia em que viu sua noiva pela primeira vez atingiram suas lembranças, seu sorriso doce, o modo como suas bochechas coravam facilmente, lembrando-se do olhar que ela deu a ele, os ambos olhos azuis se perdendo um no outro.
Foi tirado de seus devaneios quando pode visualizar a silhueta de seus irmãos na frente da mansão, fazendo besteiras como sempre. Ele parou o carro e desceu, podendo ver seus irmãos brincando com suas pistolas, como faziam quando criança.

- Ei John, você morreu! - Arthur disse enquanto apontava a pistola para seu irmão. - Eu venci!

- Não, eu venci. - Thomas disse colocando o cano de sua pistola na nuca de Arthur.

- Ah, Tommy! - Arthur sorriu e se virou para ele.

- Ao invés de vocês estarem fantasiando igual idiotas, por que não vão começar a arrumar as roupas para amanhã? - Thomas disse adentrando a mansão com ambos de atrás.

- Por que Ada já está fazendo isso. - John disse.

- Por Deus, vocês confiaram seus ternos e um ferro quente em Ada? - Thomas disse.

- Eu avisei, mas ninguém me escuta nessa porra! - Arthur disse e John riu enquanto adentraram a sala onde Ada estava organizando as roupas.

- Olha, a sala não pegou fogo ainda, que ótimo! - Thomas disse, Ada respondeu dando o dedo médio a ele.

- Eu preferia você sem senso de humor, era melhor - Ada disse desligando o ferro da tomada, colocando os cabides dos três ternos pendurados.

- Onde Polly está? - Thomas pergunta

- Lá em cima, ela está procurando um vestido. - Ada disse

- Se ela está procurando um vestido, significa que ela vai? - Arthur perguntou servindo um uísque.

Jogo de Sedução - Thomas Shelby.Onde histórias criam vida. Descubra agora