ABRINDO OS OLHOS calmamente, Áurea virou sua cabeça para o lado vendo pela primeira vez, seu marido dormindo serenamente, seu rosto relaxado e sendo iluminado por alguns flash's da luz do dia que entrava pela janela. Ela levantou-se com calma e se dirigiu até até porta, descendo com calma as escadas ela sentiu a brisa gelada do ambiente abraçar suas pernas, fazendo seus fios loiros serpentear sob seu rosto, olhando para o relógio da casa, marcando exatas 4 horas da manhã. Então ela percebeu que talvez teria acordado cedo demais, até mesmo antes que seu marido oque nunca acontecera, ela colocou uma quantia de água na chaleira e pós a esquentar no fogão afinal nem mesmo as empregadas estavam acordadas a este horário, seus turnos começavam as sete e meia todos os dias.
Acendeu um cigarro, enquanto seu chá fervia na chaleira, pouco cedo demais para abusar da nicotina oque não acontecia com frequência. Mas estes meses que ela passou na casa da família Shelby, foram estressantes e frustrantes, como ela imaginou que seria. Ao menos, ela tinha Ada e os meninos, e parecia que polly também, mas sobre seu marido ela não o tem, nunca o teve, seu coração e seus pensamentos e até os mais lindos sonhos de Thomas Shelby, não envolvia Áurea, e talvez seja por isso que seu corpo não descansava durante a noite, sua cabeça estava fodida.
Virando-se para servir seu chá, viu de relance a silhueta de seu marido, devidamente vestido com seus trajes habituais, mas sem a boina afiada que sempre carrega consigo, deixando a mostra seus fios castanhos escuros que cobriam seus grandes olhos azuis. Ele se recostou sobre a parede da cozinha e observou atentamente enquanto sua esposa voltava a sentar-se com sua pequena xícara de chá, deixando as cinzas de seu cigarro se desfazerem no cinzeiro, Thomas sentou-se junto a mesa.
— Cedo, não? — Thomas perguntou.
— Os quartos são gelados, e o teto range durante a noite. — Áurea justificou.
— Cigarro? Achei que já tínhamos conversado sobre isso. — Thomas disse, tomando de sua mãos e tragando.
— Não há nada com oque se preocupar querido, aceita chá? — Áurea disse ironicamente.
— Eu passo. — Thomas disse, apagando seu cigarro.
— Uísque em uma segunda-feira as sete horas da manhã você bebe, mas chá com sua esposa não, certo acho que compreendi. — Áurea disse insatisfeita com sua resposta.
— São coisas diferentes, além do mais eu sempre bebo sozinho. — Thomas disse.
— Tudo bem, faça como quiser. — Áurea deu um suspiro.
— Quando os meus grandes e responsáveis irmãos, acordarem de seu sono. Diga-os que eu fui ao estabulo, volto em breve. — Thomas disse levantando-se.
— Problemas com os cavalos? — Áurea indagou.
— Nada com oque se preocupar querida. — Thomas disse, com um sorriso irônico, Áurea revirou seus olhos.
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Já haviam se passado longas horas desde que seu marido disse que 'voltaria logo" e ele não tinha o feito. Um vestido de verão Rose cobria seu corpo, enquanto ela estava sentada no sofá da grande sala de estar da mansão Shelby lendo um de seus livros favoritos da grande biblioteca da casa. Devorando as páginas como se fosse a mais saborosa sobremesa, sua concentração é retirada do livro quando ela escuta Arthur e John resmungando.
— Você sabe que é a verdade! — Arthur disse.
— Cale essa boca, você não sabe oque fala! — John gritou, sentando-se de um lado de Áurea e Arthur do outro.
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Jogo de Sedução - Thomas Shelby.
AksiyonPara um gangster criminoso como Thomas Shelby, o amor não é a peça principal da vida. O homem cujo tão frio e duro como pedra, nunca viu a necessidade de ter uma companheira ou ser leal a uma só mulher. Mas como tudo na vida pode mudar, o universo f...