Everything For A Song

Capítulo 18 - Você não sabe com quem está lidando

N/A: Esse capítulo contém violência verbal e física, pode gerar gatilhos.

EVA RODRIGUEZ

Depois que saí da casa de Adam decidi não vou me deixar abalar por seja lá o que for, que ele está fazendo com outras pessoas, nunca tivemos nada, e ele não passa de egoísta, traidor e hipócrita.

Também decidi que não posso ficar nervosa sempre que ouvir barulho de vidro quebrando, isso já durou por muito tempo e na maioria das vezes eu me machuco, tenho que dar um jeito de acabar com isso.

Me jogo na cama ignorando as 500 mensagens que Ryan já me mandou, porque no momento, tudo que eu quero, é ter um tempo sozinha com meus pensamentos.

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A segunda feira começou diferente, desde que eu acordei continuo tendo esse pensamento de que não deveria ter saído da cama, quase como se algo fosse acontecer. Não entendo o porquê, tive uma boa noite de sono, fiz minha rotina matinal como geralmente faço, porém, algo parecia tão errado que quase cogitei faltar aula.

 Quase…

Abro meu armário e vejo Kate vindo até mim.

– Quanto tempo Eve, não te vejo desde que resolveu começar a cantar.

– É, eu estive ocupada com os ensaios.

– Vi seu vídeo cantando com o Carter da 5Otz, você deve se sentir orgulhosa.

– Obrigada, eu gostei de fazer um dueto com ele, é bem simpático.

– Vocês pareciam ter uma química.

– É porque a música fala sobre amor.. de certo modo. – Ajeito meus livros e pego o de composição.

– Ah sei.. quando acha que vai poder me apresentar pra ele?

– Não entendi.

– Você sabe, somos amigas, eu quero fazer tanto sucesso quanto você, basta me dar uma forcinha de amiga sabe.

– Hm.. igual você me deu quando eu tive que fazer um dueto com a Hanna?

– Bom, eu estava certa, não estava? Ela te destruiu, ganhou de você nas duas vezes que competiram.

– Então por que não vai pedir ajuda pra ela?

– Ai credo! Eu só comentei, não precisa ficar mordida, não tenho culpa se você tem inveja dela.

– Se já terminou de falar merda pode ir passear.

– Gostava mais de você quando só escutava calada. – Ela joga o cabelo e dá meia volta saindo por onde veio.

Não sei o que as pessoas tem, que se sentem no direito de sair menosprezando uns aos outros, passou o tempo em que eu não conseguia falar, agora, comigo é assim, se falar vai ter que ouvir também, e do jeito que estou hoje pra eu socar um, é daqui pra ali.

Sigo pra sala que geralmente ensaio, mas me sinto incomodada, é como se eu estivesse sendo observada. Olho para os lados vendo alguns alunos passarem e entro na sala, estou começando a achar que estou paranoica.

– Eva por favor concentre-se! E pare de inventar teorias da conspiração, seu sexto sentido nunca foi bom. – Respiro fundo puxando o banquinho e sento no piano abrindo meu livro de composições. 

As teclas parecem emperradas como se algo estivesse abafando o som, me levanto abrindo a parte de cima do piano e retiro uma estátua relativamente pesada.