Capítulo 5 - Senhor Legrand

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ADAM LEGRAND

Chego no karaokê bar no horário marcado e repasso com o dono do local os últimos detalhes para o 5Otz iniciar a apresentação, já tinha uma boa quantidade de pessoas no local em uma lotação razoável, considerando que os meninos eram conhecidos em toda New York, isso era menos do que eu estou acostumado, mas talvez só fosse um pouco cedo.

Conforme as horas vão se passando o problema na estrutura do som começa a me incomodar e vou reclamar com o dono deixando ele dar uma explicação fajuta que quem cuida do aparelho não está no momento e pouco tempo depois o problema se resolve como um passo de mágica, é isso! podem me chamar de babaca, idiota, usem os palavrões que quiserem, mas eu gosto das minhas coisas no eixo e não permito que faltem com respeito aos meninos.

5Otz se dispersa pelo local em uma de suas paradas de descanso e eu sigo o exemplo indo para o bar.

- Uma dose de Adberg Scorch. - Peço para o barman e ele se afasta.

Sinto um olhar queimar minha pele e procuro por seu dono apenas para encontrar a garota mais linda que já vi, seu cabelo é um pouco acima dos ombros no que acredito ser um tom de cor de mel, seus lábios incrivelmente atraentes e cobertos uma fina camada do que acredito ser algum tipo de chantilly, a cena dela passando a língua pelos lábios para limpar o local me faz apertar os punhos com força e reprimir todos os pensamentos maliciosos que vem a minha mente, seu rosto é delicado, porém marcante, ela parece séria, mas quando nossos olhares se encontram.

Eu resolvo tomar a frente.

- Posso ajudá-la com alguma coisa, senhorita.. Qual seu nome? - Não ouso olhá-la novamente, não quando meus pensamentos ainda não estabilizaram.

O barman volta com a garrafa de whisky me mostrando a mesma lacrada e retira o lacre me servindo a dose.

A bebida desce queimando minha garganta e emito um som de satisfação ao sentir o gosto, não acredito que exista bebida melhor para comemorar quando algo dá certo.

E essa noite tem sido espetacular então posso concluir que os meninos se sentirão cada vez mais motivados a continuar dando seu melhor.

- Eva Rodriguez. - Ouço pela primeira vez a voz dela e tento reproduzir o nome exatamente como ela o diz.

- Eva Rodriguez.. Então, senhorita Rodriguez, o que está bebendo?

- Moscow Mule. - Sorri e eu me sinto incomodado pelo fato de que gostei até do modo como ela sorri.

- HM. - É tudo que consigo murmurar.

- E o que você está bebendo?

- Whisky, não gosto de coisas doces. - Aponto para o copo dela lembrando da cena anterior quando um bigode branco se fez em cima de seus lábios.

- Já que sabe meu nome... fica meio injusto eu não saber o seu. - Ela se mexe no banco.

- Adam Legrand. - Minha mão automaticamente assume para cumprimentá-la e assim que ela aperta uma corrente elétrica passa por todo meu corpo e aterra firme ao chão.

Não sei o que acabou de acontecer, mas me deixa tão intrigado que quase não escuto o que ela fala depois.

- Eu queria saber o que de tão grande tem sobre você. - Ela bebe um pouco e segundos depois explode em uma risada escandalosa.

É oficial, essa garota é perigosa e eu deveria me afastar imediatamente, mas não é isso que faço.

- Vai por mim, você é muito nova pra descobrir o que eu tenho de grande. - Rebato com um ar de malícia mas também curiosidade.

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