Capítulo 10 - O que de tão grande tem o Legrand

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EVA RODRIGUEZ

Já se passaram 6 dias desde que comecei a trabalhar na música com o Legrand, e hoje finalmente é meu dia de folga, combinamos que ele viria me buscar na universidade,e faríamos o possível para finalizar os últimos ajustes da música hoje.

Entro no carro assim que ele estaciona na porta da universidade , logo boto o cinto e o carro sai.

E antes que ele possa me cumprimentar ou falar algo eu tomo a vez.

- Tive uma ideia.

- Nossa esse é o meu som preferido, manda ver!

- Na música foram adicionados o piano e o violino que são muito bons, mas e se a gente também adicionasse o Cajon acústico? Eu sei tocar um, e ficaria perfeito com os outros dois.

- Como eu não pensei nisso antes? - Ele me olha com os olhos brilhando e volta a olhar para a estrada.

- Eu sei sou demais mesmo.

- iiih, tá ficando metida. - ele mexe no porta treco e tira um chocolate me entregando.

- Obrigada.

- Você já almoçou?

- Ainda não tive tempo.

- Sua sorte é que eu sei cozinhar, vai demorar um pouco, mas a comida sai hoje.

- Será que sai? - Provoco e ele estaciona abrindo a porta do carro pra mim.

- Desce logo, garota!

Dou risada e saio do carro, logo entrando na casa dele.

- Você deixa a porta aberta?

- Ryan deve ter ido pra galeria e esquecido, mas aqui é tranquilo.

Adam se dirige para a cozinha na intenção de lavar as mãos e eu fecho a porta seguindo o mesmo, a casa não tem divisões então quem está na sala consegue ver quem está na cozinha e na mesa de jantar e vice e versa.

- O que quer comer?

- Me surpreenda.

- Isso pode não ser uma boa coisa. - Rebate e abre a geladeira tirando alguns ingredientes.

Fico ali sentada vendo ele cozinhar.

- Você conseguiu mesclar os instrumentos ontem?

- Consegui, tive que baixar um pouco o violino, mas o resultado ficou melhor do que o esperado, acho que só faltava mesmo o Cajon pra dar uma harmonia a mais.

- O rap ainda precisa ser ajustado também, mas ele me pareceu bom quando tentei ontem.

Deito a cabeça no balcão e batuco os dedos no local, ele demora como se fossem anos pra terminar a comida, digo isso porque meu estômago começa a roncar.

- Adam, já está pronto? Eu já engoli meu chocolate, não consigo mais enganar a fome.

- Eu já terminei. - Ele puxa a cadeira sentando, e só então, percebo que a mesa está posta.

Vou até ele, e puxo uma cadeira, pegando um prato pra mim, me servindo.

- O que é isso?

- Carne assada, alguns legumes e macarrão.

- Sem arroz? - O sorriso que abro pra ele é sugestivo.

- Sem arroz. - Ele desvia o olhar do meu mexendo na própria comida.

- Você não fez arroz só porque eu não gosto? - Me sento.

- Não, eu só não estava com vontade de fazer. - Dá de ombros e eu rio.

Everything For A SongOnde histórias criam vida. Descubra agora