Everything For A Song

capítulo 15 - Os fins justificam os meios ou os meios justificam o fim

ADAM LEGRAND

D

esde que voltei tem sido difícil me manter concentrado, não tenho dormido muito bem, minha irmã aparece nos meus sonhos pedindo ajuda, minha mãe também apareceu em um dos meus sonhos pedindo para que eu revisasse as pessoas importantes da minha vida, eu acordei verdadeiramente assustado, em todos esses anos nunca tive um sonho desses, e de uns dias pra cá, eles me perseguem.

Meu pai tem me ligado todos os dias, na última ligação ele disse que havia esquecido de comentar, mas eu tenho uma irmã de 4 anos que aparentemente quer me conhecer, ele disse que no dia que eu fizer sucesso ou resolver voltar para faculdade de medicina isso pode acontecer. Eu sei que ninguém nunca substituirá Chloe mas, sinto falta de fazer parte de algo, de ter uma família.

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Faltando um dia para a apresentação, estou na sala reservada para discussão dos últimos detalhes do evento quando a senhorita Smith resolve entrar e fechar a porta atrás de si.

– Preciso de ajuda!

Ela parece bem agitada e suas olheiras estão profundas.

– Em que posso ajudar senhorita?

– Preciso que me consiga uma música.

– Você sabe que é contra as regras, a composição deve ser autoral.

– Eu não tenho mais tempo, eu quero uma música e quero agora.

– Receio que não posso ajudá-lá.

– Eu sei que Ava tem um caderno de música, eu só preciso de uma composição.

– E por que ela lhe entregaria uma?

– Ela não vai me entregar, você vai pegar pra mim.

Rio do modo como ela parece estar convicta de que farei o que ela quiser.

– Eu jamais faria isso com a Eva.

– Ah não? Nem pra salvar sua empresa? Que eu saiba o prédio que usa é alugado, e adivinha a quem ele pertence? Henry e Gail Smith, meus pais, o prédio foi um presente que ganhei quando fiz 15 anos.

Fecho as mãos com certa força só de pensar na possibilidade de ter minha empresa sendo prejudicada, meu trabalho de anos não vai ser jogado fora por conta de uma mimada.

– Prédios eu posso encontrar por toda New York, não vai me faltar opções.

– Mas vai, porque eu vou pedir pros meus pais fecharem sua empresa, eles vão destruir cada pequena coisa que você tentar fazer para se reerguer porque é o que eles fazem de melhor, eles são a elite, acho que você conhece bem como funciona uma elite não é, senhor Montmorency - Laval.

– Como sabe meu sobrenome? 

– Eu nunca saio para uma guerra de mãos abanando. – Ela apoia as mãos na mesa e posso jurar que a vejo tremer, mas ela se afasta antes que eu possa confirmar. – Eu só quero uma música, uma que me ajude a ficar em primeiro lugar, tudo que tem que fazer é me dar ela.

– E se eu ainda sim, não fizer? – Meu coração bate acelerado com a ideia de perder tudo que construí, mas nunca fui um traidor, não queria começar a ser.

– Ava pode não ter coragem de se apresentar, ela pode nunca conseguir ser a estrela que você precisa pra impressionar seu pai, pense bem Adam, ela não ia se tornar confiante da noite pro dia, Ava nem mesmo sabe o que quer, ela não sabe o estilo musical, não tem estilo próprio, é um tiro no escuro.