12. Não me beije

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-Yeosang...- San murmurou, mas não conseguiu falar outra vez, quando foi surpreendido por um beijo de Kang. -Yeosang, a gente precisa entrar.

Yeosang não queria muito parar o que estava fazendo. Os lábios de San eram macios e doces, Yeosang gostava deles e queria saborea-los como se fossem balas. O mais baixo encostou seus narizes. A diferença de altura dos dois não era grande coisa, mas San tinha a coluna mais reta por causa da academia e o fazia parecer mais alto do que era. A mão dele era grande e confortável, Yeosang gostou de apoiar o rosto nela, de se sentir segurado.

San parecia ser o único que o acalmava.

-Tá tão bom aqui. - Yeosang murmurou, beijando o marido outra vez. -San-ah..

Choi deu um risinho. -Eu amo quando você me chama assim. Sai tão fácil dos seus lábios.

Yeosang sorriu. -Seu nome é natural pra mim. Ei, San-ah...- Yeosang o abraçou pelo pescoço e não tirou os olhos daquela boca. -Me beija de verdade, yah, nem parece que você me ama.

San sorriu, mas foi diferente. Yeosang viu selvageria nos cantos da boca do Choi ao invés das covinhas, as mãos dele agarraram sua cintura e o ergueram do chão, naturalmente, Yeosang enrolou as pernas ao redor da cintura de Choi, agora o encarando de cima.

Yeosang abriu a boca para falar alguma coisa, mas não conseguiu, os lábios macios de San se encontraram com os seus, junto da língua dele, que provou sua boca e a provocou.

Eles se beijaram com desejo, com vontade. Quando Yeosang pediu por um beijo de verdade, foi aquilo que pediu.

Mordidas, língua, os suspiros, as mãos, foi isso que pediu. A luz estava apagada, mas quando San o escorou contra a porta, se acenderam outra vez. San parou de beijar Yeosang e o apoiou em cima de si apenas com uma mão. A outra procurou pelo cartão para abrir a porta e entrou no quarto, empurrando com força para fechar. Ele deitou Yeosang na cama e voltou a beijá-lo. Era três da manhã, era obsceno, não deviam fazer aquilo. Mas era natural, era comum de um casal casado, San queria Yeosang, mas não queria agora.

-Meus beijos são bons, Kang Yeosang?

-Eu não tinha me tornado um Choi?

-Eu não me importo com essa merda. - San murmurou, o beijou outra vez e se ergueu. Era pior do que obsceno, era tentador, era luxurioso.

-Você é maravilhoso com tesão, Choi San. Sabia?

San sorriu de canto, o orgulho queimando seu peito. -É, eu acho que sei.

Yeosang sorriu, seu sorriso nunca deixava de ser inocente, aquilo partia o coração de San em pedacinhos, ele mordeu o lábio, quase descontrolado.

-Hm, eu queria muito fazer isso com você agora, sabia?- Yeosang murmurou, San riu, dessa vez sem um pingo de malandragem.

-Ei, se controle. É três da manhã. Amanhã vou ter que ir em todas as reuniões que faltei hoje pra cuidar do meu marido bonito. - Choi murmurou. -Não que eu me arrependa, mas preciso recupera-las.

-Aish...-A mão de Yeosang arrastou até a gola da camiseta de San, um pouco aberta. A pele dele estava suada, era esquisito, o dia estava frio. O cheiro de cigarro confundiu Yeosang e ele se perguntou se San estava com outra pessoa antes. -San-ah...eu sou a única pessoa na sua vida?

Os olhos de San focaram nos de Yeosang, sua pupila dilatou e ele sorriu, assentindo.

-Eu não quero ninguém nunca mais. Você é o único, meu, Yeosang. Você...

Yeosang o segurou pela nuca e puxou para perto.

-Eu sou seu. Eu sou desde que nos casamos e eu me neguei a acreditar. Você...foi a luz na minha vida, Choi San, você me mudou...você é a primeira pessoa que me fez querer melhorar.

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