1. Um sonho é uma fraqueza

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Olá! Sejam bem-vindos à minha fic nova!!! Principalmente você, Laura, que tá lendo tudo pela segunda vez, obrigada pelo apoio.

Avisando aqui desde o início que essa história tem bastante assunto sensível, algumas cenas sangrentas e sobre transtornos mentais e automutilação, então se você tem sensibilidade com esse tipo de história, tenha cuidado ao ler.

Pra quem vai continuar, boa leitura! Espero que vocês gostem, é uma história muito bonita e com uma química surreal.

A Playlist da fanfic está no meu mural!

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Yeosang pintou um rosto desconhecido em sua tela, um toque bonito e forte, com olhos finos e lindos, Kang jurou para si mesmo que aquele era apenas um desconhecido, uma sombra em uma nuvem, alguém que não existia.

Lindo.

Yeosang estava em seu quarto, escuro e com as cortinas pretas cobrindo as janelas, seu abajur que iluminava a tela foi desligado ao final do desenho, o deixando completamente no breu.

Ele suspirou e escorregou em sua cadeira, preguiçoso. Estava cansado de não fazer nada, caindo para o limbo da depressão, no meio do tal do túnel que havia saída em algum lugar. Ele não sabia como sair.

Sequer sabia se já tinha estado fora.

-Senhor Kang. -Uma das empregadas entrou no quarto dele, abrindo a porta devagar. -Seu pai pediu que descesse para o almoço.

-Sim, eu já vou. - Assim que a mulher se retirou, Yeosang buscou apoiado em seu cavalete, o tapa-olho que usava. Encaixou em seu rosto e cobriu o olho esquerdo.

Ninguém podia ver que ele via.

-Aish, outra vez com essas roupas pretas, Yeosang? - A Senhora Kang reclamou, como era de costume. -Parece que vai a um enterro.

-Queria ir. -Yeosang se sentou à mesa. -Ao meu, de preferência.

-Por Deus, garoto, pare de se depreciar. - O senhor Kang reclamou, como também era de costume. -Não sabe o que é sofrer de verdade.

Yeosang apenas abaixou a cabeça, decepcionado igual sempre, acostumado com as opiniões dos pais.

-Sabe do que você precisa? - O irmão mais velho de Yeosang, Yeojin, se apoiou nos ombros dele, sorrindo malicioso. -Uma mulher! Mulher nunca é demais. Você é rabugento e chato porque não transa!

Yeosang o afastou, pegando algo na mesa para comer.

-Eu sou doente.

-E o que tem a ver? Sua doença não te impede de comer alguém.

-Yeojin, se sente e cale a boca. - O patriarca da família repreendeu. -Não trate de assuntos indecentes em família, se quiser contratar suas prostitutas, não me envolva.

Eles ficaram em completo silêncio, desconfortáveis. Começaram a comer em silêncio, sem assunto algum, como sempre.

Yeosang terminou logo de comer, mas ficou quieto em seu lugar, esperando que o pai terminasse, um costume de etiqueta conservadora.

Yeosang odiava sua família.

-Pensando bem, o que Yeojin disse não está tão errado assim. -O patriarca falou, se levantando após terminar sua refeição. -Yeosang precisa se casar logo, já tem 24 anos, logo faz 25, está praticamente na casa dos 30. As mulheres perdem o valor logo antes dos 40.

-Posso me casar com uma mulher mais nova, se esse for o problema. -Yeosang murmurou, sem sequer erguer a cabeça. -Não creio que me casarei com alguém que não seja arranjado por vocês.

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