07 - L'amore e l'odio vanno di pari passo.

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07 - O amor e o ódio andam de mãos dadas.

ANTONIO

Saio correndo para a varanda tentando recuperar o meu fôlego. Porra! Me sinto um frouxo! Podia perfeitamente a ter, ali mesmo naquele quarto escuro, e depois a fazer se sentir um lixo por isso. Era essa a porra do meu plano! Mas não consigo. De alguma forma ela ainda tem uma ar inocente, parece errado a machucar. Mas tudo o que sinto quando olho pra ela beira ao extremo. Nunca neutro. Ou eu a quero para mim, ou sinto vontade de dizer as piores coisas que passe pela minha mente. Ainda mais depois de tudo o que Lorenzzo descobriu com aquelas investigações. E se ela tiver mesmo engravidado de outro cara enquanto esteve comigo? Ela deve ter tirado essa criança, por isso que não teve mais coragem de falar comigo. Não consigo tirar da cabeça a imagem de ela com outro. Todos esses anos, e finalmente começo a entender tudo o que aconteceu naquela época.

Esse pensamento vai me consumindo, e me sinto sufocado. Eu preciso tirar logo esse assunto a limpo com ela. Maldita! Vou esperar pelo momento certo, por que ela vai ser muito útil pra mim antes disso. O que diabos ela foi abrir um vinho e ficar toda sexy me esperando. O que ela ganha tentando me seduzir ou me enganar? Ela não percebe que acabou de ser salvar de uma tentativa de sequestro? Não deve ter mesmo porra nenhuma naquela cabeça. Como sempre, ela só enxerga seu próprio umbigo.

Vou até o carro, mas ainda não parece longe o suficiente. Olho para os lados, e não há ninguém que possa me salvar dessa vontade incontrolável em voltar para dentro daquele quarto. Vou caminhando pela floresta, desnorteado. Tentando focar meus pensamentos nas merdas que descobri dela. Aquela mulher é uma puttana traditrice... Mas não consigo! Tudo o que vejo são seus olhos fechando ansiando pelo meu toque, seu boca rosada e carnuda se abrindo para me receber, seu cheiro suave e fresco. Olho para trás criando coragem para voltar, mas me controlo e continuo andando sem rumo. O celular continua sem área, então foco em procurar algum sinal para receber notícias. Não podemos ficar aqui sem saber como agir.

Depois de uns 30 minutos andando mata a dentro, e de ter subido alguns morros, finalmente o telefone apita e começo a receber várias mensagens. Maravilha! Eu já estava perdendo as esperanças. Checo todas as mensagens, faço algumas ligações, e me atualizo a que passo estamos. Combino de recolher novas informações, antes de voltarmos a tempo do jantar de noivado. Afinal, tudo indica que a Famiglia Moretti está mesmo atrás de Valentina. Querem impedir o casamento, mas não consigo entender o por quê disso tudo. Provavelmente ele quer tomar a frente da máfia em todo o país, e se nos casarmos será ainda mais difícil nos superar. Dessa forma eu fico cada vez com menos opções, talvez o melhor seja realmente adiantar esse casamento e assim que eu acabar com eles, peço o divórcio. Valentina também não quer esse casamento, mas se for pela segurança dos seus, ela o fará. Até ontem ele não ligava para a nossa família, e de repente viramos o seu alvo. Duvido que ele seja tão apegado ao seu soldado que mantenho em nossa prisão. O maldito nem imagina que ele está ainda na mansão, na prisão a 3 andares abaixo. Se isso continuar assim, logo ele estará a 7 palmos do chão, em um caixão de madeira. Provavelmente eu mande as cinzas para o norte, ja há corpos demasiado em nosso sítio. De alguma forma, incomodamos tanto eles a ponto de colocarem em risco sua própria Famiglia. Cansei de apenas correr e tentar me defender, a partir de agora vamos atacar. E Valentina será fundamental nisso, ja que ela conhece o maldito. Ela ainda não me confessou como o conhece, e aceitou rápido demais em ser minha informante. Não confio em suas intenções, devo aproveitar que ela está vulnerável e a confrontar.

- É isso, tenho que focar nos resultados. — digo em voz alta para mim mesmo.

Com essa decisão, começo o caminho de volta para a cabana. Quanto mais próximo chego, meu coração parece acelerar. Só de imaginar estar em sua presença novamente, minhas mãos soam. Preciso me controlar perto dela, se não já sei que ela irá fugir. Agora mesmo que não sabemos ao certo com quem estamos lidando, é extremamente importante que trabalhemos em união, com o foco no mesmo propósito. Acabar com os Moretti e nos livrarmos da obrigação do casamento. Fico pensando na reunião que nossos pais armaram para nós. Por que logo agora contar a ela toda a sujeira que sua família também está envolvida? Foi tudo muito suspeito, seria um horror não poder confiar em nossa própria família. A verdade é que a intenção deles não é bem a que tentaram nos passar. Esse casamento às pressas tem outro nome, e isso passa a ser minha maior preocupação. Estou no meio de uma guerra, e nem ao menos tenho um lado para me apoiar. Vou precisar resolver tudo por conta própria.

A DAMA DA MAFIAOnde histórias criam vida. Descubra agora