33 - La felicità è un viaggio, non una destinazione.

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33 - A felicidade é uma jornada, não um destino.

ANTONIO

- O que você inventou para ela? Foi tão grave assim? — tenho receio de ouvir a resposta.
- Chama o seu pai, com urgência! — exige.
- Ele já está na sala se preparando para a reunião com o conselho. — tento explicar.
- Precisamos nos reunir em privado antes da reunião oficial com todos os membros. — sua voz é autoritária, mas não escondia o desespero em seu olhar.

Aperto o interfone, e o convoco com urgência. O telefone do Sr. Marino toca, e ele se afasta para atender. Poucos minutos, já estávamos os três homens reunidos em minha sala. O pai de Valentina não saiu das ligações desde que ordenou a reunião prévia, então infelizmente não tive oportunidade de fazer perguntas. Mas assim que meu pai adentrou, ele veio para nos dar atenção. O homem estava irreconhecível. Nunca havia o visto desta forma. O que será que o faz sentir tanta culpa?

- Meus amigos, há alguns pontos que precisamos conversar antes da reunião geral. — começa Sr. Marino.
- Me perdoe Enzo por tirar a palavra, mas eu já não aguento mais esconder. Eu menti sobre não conhecer os motivos do inimigo, eu o conheço. — inesperadamente meu pai começa seu desabafo — O garoto que assumiu, é Victor. Eu o conheço. — ele balança a cabeça em negação, e seus olhos enchem de lágrimas.
- Tudo bem, pai. Pode confiar em nós. — coloco a mão em seu ombro, mas ele mantém o olhar para baixo. Já posso imaginar suas próximas palavras.
- Sim, meu amigo. Eu também tenho muito a confessar também. — Sr. Marino parece entender melhor do que eu sua dor, e isso me preocupa.
- Ele é meu filho bastardo. — dispara as palavras, e mesmo que não seja seu intuito, sinto o peso de cada uma sobre mim.

O silêncio reina na sala, até que ele respira fundo e começa a nos contar como foi.

- Eu conheci Carolina quando era ainda garoto, mas por respeito a máfia e, principalmente ao meu pai, foi Solar quem eu escolhi para ser minha esposa. A sua mãe, Antonio. — as lágrimas aumentam de repente, e imagino que um flashback de lembranças o invadia. — Ela era maravilhosa, não mereceu nada do que ela passou. — agora o homem já estava em soluços.
- Por favor. Não me esconda nada, pai. — tento não o pressionar, mas é impossível.
- Calma, por favor. Isso é difícil demais para mim. Pensei que não teria que reviver isso nunca mais. — enxuga as lágrimas, e tenta se recompor. — Foi um reencontro que tivemos quando ela veio implorar para que eu fugisse com ela. Eu tentei evitar, mas eu tenho um carinho enorme por ela desde quando éramos crianças. Fui um homem fraco meu filho. E depois ela tentou me chantagear, contaria tudo para a sua mãe. Foi então quando eu conversei com a sua mãe, e ela me perdoou. Disse que me ajudaria a criar o filho, mesmo que bastardo. — então ele para de repente, e é nítido que tenta segurar o choro.
- Eu nunca soube de nada disso. Por que você nunca me disse que tinha um irmão? Até a mamãe sabia disso. — me sinto traído também.
- Não tive tempo. Aconteceu tudo tão rápido. A morte da sua mãe... depois Carolina me disse que havia perdido a criança no parto. Não havia registros no hospital, e eu acreditei na história dela. Foi só agora, há poucos meses, que passei a receber alguns e-mails me ameaçando. Foi por isso que eu convenci você, Enzo, a dar a mão de sua filha. Sei que fui um pouco cruel usando nossa amizade para lhe fazer ceder, mas não há outra família que eu confiasse mais para se juntar a minha. — ele levanta o olhar, e parece pedir perdão com os olhos para o amigo.
- Eu não me arrependi, Giuseppe. — Sr. Marino agora me olha — Confio que você será um bom marido a ela, garoto. Te vi crescer, e preciso compreender que a minha menina cresceu também. — então volta o olhar ao meu pai — Mas continue.
- Eu só... foi um plano improvisado. — ele abaixa o olhar novamente, e põem as mãos no rosto — Eu só queria garantir que a sucessão já estivesse com Antonio, antes que eu parta. Ou p que alguém me mate. Não posso deixar que alguém que nos queira tanto mal, fique com tudo o que nossa família construiu.
- E onde ela está agora? Vive no norte? — preciso de mais informações.
- Soube que ela morreu a uns 10 anos atrás, de câncer. — afirma meu pai, e vejo que ele ainda sente um carinho por ela. Quase sinto ciúmes por minha mãe.
- Foi nessa época que o Victor começou a planejar a vingança. O coitado já vive por isso desde aquele tempo. — as peças vão se encaixando na minha cabeça.
- Meu Deus... só de pensar que ele remoeu esse ódio todo por tanto tempo. — meu pai parece perdido e derrotado.
- Quem é essa mulher? Qual família ela pertence? — preciso entender o que fazer agora.
- Carolina Prado. Irmã do meu antigo homem de confiança, mas as coisas se complicaram desde comecei a receber essas ameaças.
- Tia da Chiara? Eu estive perto do inimigo esse tempo todo? — me sinto o homem mais burro do mundo. Como não percebi que convivia com o traidor?
- Descobri que foram as garotas que implantaram as escutas por aqui, preciso que você corte totalmente contato com aquela família. Tenho quase certeza que meu envenenamento tem dedo deles também. Quando eu desmaiei aquele dia, foi a garota Joana que me ofereceu a bebida. — suas afirmações terminam de abalar meu mundo. Jamais imaginaria isso delas, principalmente de Joana.
- Chiara sempre teve muita liberdade aqui, e na empresa. Não tem mais como isso ficar pior.

A DAMA DA MAFIA - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora