𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐎𝐈𝐓𝐎
𝐬𝐞𝐧𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐫𝐦𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
O SOL INVADIA o quarto de Thalia sem permissão. Os raios atravessavam a janela e se espalhavam pelo quarto, iluminando cada canto do quarto com uma luz irritante aos olhos de Thalia, que havia acabado de despertar de seus pesadelos e ainda estava deitada em sua cama. Ela não fez questão de se levantar, então ainda estava sob as cobertas, observando o teto enquanto os raios do sol desenhavam padrões de sombras dançantes nas paredes.
As vozes abafadas do andar de baixo ecoavam pelas paredes da casa, mas ela sequer prestava atenção, sua mente voltava para os horrores dos pesadelos que sempre atormentavam ela todas as noites. Vinham de formas diferentes, mas a sensação angustiante era sempre a mesma, a dor era sempre a mesma. Não importava quanto ela tentasse fugir de seu passado, ele sempre voltava.
De repente, um grito veio do andar de baixo, interrompendo seus pensamentos. Era Sophie, chamando-a com sua voz animada e impaciente.
— Thalia! Levanta logo! O café está pronto!
Thalia suspirou, quase um bufo, sentindo uma irritação. Ela se endireitou na cama lentamente, sentando-se e olhando ao seu redor com certa preguiça, sem vontade de se levantar. Ela ergueu os braços devagar e se espreguiçou, sentindo os músculos tensos e doloridos estalarem. Seu cabelo estava uma bagunça óbvia, e ela passou a mão pela cabeça, tentando ajustá-los um pouco. Seus olhos estavam cansados, com olheiras profundas sob eles que denunciavam a falta de sono. Ela suspirou fundo e soltou os ombros, deixando seu olhar cair para a mão direita em seu colo, nas cicatrizes em volta de seus dois dedos amputados.
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𝐖𝐈𝐋𝐃𝐅𝐈𝐑𝐄- 𝐭𝐡𝐞 𝐰𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐝𝐞𝐚𝐝
Hayran Kurgu- 𝐖𝐈𝐋𝐃𝐅𝐈𝐑𝐄 - 𝐢𝐧𝐜ê𝐧𝐝𝐢𝐨 " Estamos ligados ao coração um do outro Capturados, rasgados e puxados em pedaços Esse amor é como incêndio..." THALIA MOORE sabia muito bem como o mundo era cruel e injusto, sempre foi, muito antes dos mortos...