Four |04.

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— Dominic já confirmou o dia dessa tão esperada reunião? — Matteo me encarava, sentado na poltrona à minha frente

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— Dominic já confirmou o dia dessa tão esperada reunião? — Matteo me encarava, sentado na poltrona à minha frente.

— Aquele fudido vem, e traz o filho junto — respondi, segurando meu copo de whisky próximo aos lábios.

— Problema à vista então. Você conhece o Christian, não é de hoje, e já deve imaginar qual será a reação dele em relação a isso tudo — comentou, sorrindo de forma ladina.

Suspirei pesadamente e virei todo o líquido que restava no copo. Por mais poderoso que eu seja, o único mafioso que respeito é o Christian. Não querendo colocá-lo abaixo de mim, mas uma coisa que sei bem é reconhecer quem está comandando, e ele está conduzindo aquela máfia melhor do que o fudido do pai.

— O Christian sabe como proceder, e, querendo ou não, terá que aceitar, assim como Dominic — revirei os olhos ao lembrar da pestinha com quem terei que me casar. — Se lembra da última vez que a encontramos na reunião do conselho? — perguntei, olhando para Matteo, que caiu na gargalhada.

— Pensei que você ia fazer a coitadinha se mijar — zombou, rindo ainda mais. — Nikolas, você é mal demais.

— Por favor, né — sorri. — Peguei leve com aquela pestinha. Acho que ela nem deve mais lembrar de mim — me ajeitei na poltrona.

— Aposto cem mil que você ainda a assombra nos pesadelos dela — Matteo continuou rindo da situação passada.

— Você tá me fazendo me sentir um vilão, Matteo — sorri, sarcástico. — Ninguém mandou ela entrar no meu caminho. Ainda me lembro das audácias que ela me disse.

*FLASHBACK - 8 ANOS ATRÁS*

Caminhando ao lado de Matteo pelo jardim da mansão do conselho, senti um punhado de areia cair sobre mim. Olhei ao redor, procurando o filho da puta responsável, e tudo o que encontrei foi um par de olhos castanhos, carregados de medo, me encarando. Olhei para Matteo, que caía na gargalhada ao meu lado, e caminhei até a garotinha, segurando-a pelos ombros e a sacudindo.

— Você ficou maluca, sua peste? — esbravejei, olhando dentro dos seus olhos. — Sabe quem eu sou? Foi muita coragem sua fazer uma burrice dessas.

— M-me desculpa, moço... E-eu estava brincando com a areia e ela voou — abaixou a cabeça, tentando se explicar.

— Areia tem asa, por acaso? Eu deveria te jogar no mar de cobras, sua pestinha — me levantei, segurando sua mão.

— Tá me machucando... Me larga! — gritou, mordendo minha mão.

A soltei, olhando para a marca dos seus dentes na minha mão. Lancei um olhar maldoso para a menor e fiquei surpreso quando ela tentou me encarar novamente.

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