Capítulo 5

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**** Capítulo sem revisão, na edição final podem ocorrer alterações no texto e consequentemente na histótia.
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@cadantas.autora

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DANTE

Paramos no posto para que a princesa pudesse tomar café. A vejo no celular, tagarelando com algumas pessoas, percebi que, primeiramente não era com o pai, mas não demorou muito para que ela ligasse para o velho. Passamos quase quarenta minutos ali e eu a ouvindo falar sem parar.

― Vamos, Lara. Se não sairmos agora, não teremos parada para o almoço.

― Você é tão chato, Tourinho. ― Ela reclama, mas me segue e voltamos à estrada.

Mais ou menos uma hora e meia depois, percebo que há um carro suspeito nos seguindo. Me comunico pelo rádio com o carro à nossa frente, reduzo a velocidade da moto e deixo o carro que nos segue passar. Tudo acontece rápido demais.

― Para quem você ligou, Lara?

― O quê?

― No posto, para quem ligou, porra?

― Para meu pai e para mais três amigas.

― Merda! Quem são essas amigas?

― Da escola, puta que pariu! ― Ela grita assim que vê um homem armado sair pela janela do carro branco que nos seguia e atirar no carro preto que nos acompanhava.

Vejo a troca de tiros começar, mas não me envolvo. Pensando rapidamente, freio a moto e mudo a direção. Entro pela estrada de terra à esquerda e sigo nela até sair em uma estrada asfaltada o mais rápido que posso, pois sei que em breve eles virão atrás de nós. Sinto Lara tremer, mas não posso parar, não agora.

― Me dá o seu celular.

― O quê?

― Seu celular, porra! ― Ela me entrega, atiro o mesmo para frente. Ele se espatifa no chão e ainda passo com a moto por cima. Faço o mesmo com o meu e também com o rádio comunicador e mudo a nossa direção mais uma vez.

― Você quebrou o meu celular?

― Com certeza estava comprometido.

― O seu também?

― Melhor não arriscar.

― Como vou falar com meu pai agora?

― Vamos dar um jeito, o importante agora é salvar a sua vida.

― Eles queriam me matar?

― Não ficou óbvio?

― Mas o que eu fiz?

― Você é burra ou o quê? Está em choque?

― Pode ser. Às vezes, eu imagino que essa vida não é minha.

Piloto calado, pensando no que fazer. Levar essa garota para o resort não é mais uma opção, retornar com ela também será um risco. Vejo que estou perto de uma cidadezinha, passamos por ela rumo a uma cidade um pouco maior, não paramos para nada. Lara reclama e ouço seu choro baixinho quando ela, sem conseguir aguentar, se urina, mesmo assim eu não paro. À noite, apenas avisto uma fazenda abandonada e nos escondemos lá.

― Desculpe. ― Acho melhor dizer.

― Você me salvou, não foi? Não tem por que se desculpar.

― Mesmo assim, eu não...

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