Capítulo 8

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*****Capítulo sem revisão, na edição final podem ocorrer alterações no texto e consequentemente na história. ****
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@cadantas.autora

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DANTE

Olho para a menina frágil com a cabeça encostada em meu ombro e começo a entendê-la. Bastou que ela me dissesse poucas palavras para entender que, sim, partilhamos da mesma dor. Nem preciso saber da sua história inteira para isso. Não sei se estou ou se estarei pronto para ouvir o que Lara tem para compartilhar comigo; apenas os meus demônios já me atormentam o suficiente.

Beijá-la me pareceu uma ótima escolha em seu momento de crise. Ao menos a acalmou. O problema é que eu gostei do beijo, gostei do gosto de seus lábios, desejo beijá-la mais uma vez, e isso é errado em muitos níveis. Meu objetivo não é me envolver com alguém, não nesse momento e muito menos com alguém como Lara, que praticamente vi crescer e cujo pai é dono da porra da cidade.

― Não pense demais, Dan. Vamos apenas viver este momento. O que acontecer aqui vai ficar aqui. Eu prometo que serei a Lara que não mostro para ninguém nesses dois dias e, saindo daqui, voltarei a ser a Lara que todos pensam que sou, a princesinha da máfia. ― Sua voz soa doce e sincera. Seus lábios são tão convidativos que a seguro novamente e a beijo mais uma vez, com uma urgência desesperadora.

― Você sabe dizer as coisas certas, garota. ― Ela sorri, ainda de olhos fechados, morde e suga meu lábio inferior, sentindo o gosto salgado da água do mar, assim como senti nos lábios dela. Me solto e beijo seu pescoço, sugo, mas sem deixar marca. Lara se inclina para trás, me dando mais acesso. Desço beijando seu colo e quase me afogo entre seus seios. Ela sorri satisfeita, seu peito sobe e desce depressa. Sua mão me busca, me toca, me aperta nos braços, nas costas, nas pernas. Solto um gemido quando ela segura minha dureza. Sua mão é pequena e quente. Lara move a mão e gemo mais um pouco.

― Ah, campeão, que delícia você é. ― Seguro sua mão, parando seu movimento.

― Aqui não.

― Vamos embora.

― Vamos almoçar.

― É sério?

― Se bem me lembro, você estava com fome.

― Agora estou com fome de outra coisa.

― Sei... Vamos almoçar.

― Depois vai me dar a sobremesa? ― Rio alto da sua colocação bastante sem vergonha.

― Se veste, Lara.

― Chato! ― O bico volta aos seus lábios, mas ela sorri em seguida e me beija. Eu permito, aperto sua bunda, a fazendo se chocar contra mim. Ela geme e amolece em meus braços. ― Gostoso. ― Diz sorrindo.

― Vamos logo.

Esse é um jogo perigoso. Aliviar nossas frustrações e dores através do desejo é tão perigoso quanto usar uma droga para isso; pode ser tão viciante quanto e pode ser o fim de um de nós dois ou até mesmo dos dois. E não estou pronto para morrer, não ainda. Mas sinto que Lara está à beira disso. Porém, nesse momento, não posso permitir que algo assim aconteça. Afinal, estou aqui a trabalho e meu trabalho é manter essa garota viva a qualquer custo. Isso eu sei bem como fazer, mas me manter longe dela, não sei se conseguirei.

Nos sentamos à mesa do restaurante. Lara pede bife, arroz, feijão e batata frita, uma comida tão infantil que não me surpreende. Mas sorrio da sua simplicidade e peço o mesmo, porém quero um ovo frito sobre o meu bife.

DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora