Fama

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Broadway, seis meses depois

- Em nome da Clifford Inc e, com base em todo o nosso replanejamento para uma cultura de projetos mais sustentáveis, espero que este espaço seja palco para que jovens talentos e grandes nomes contribuam com a sua arte para uma Nova York mais acolhedora e democrática. Pintores, artistas plásticos, grupos de dança, músicos e todos que vivem da sua arte, sintam-se acolhidos aqui no Instituto de Arte Margoth Clifford! Aproveitem as atrações desta noite!

Benjamin desceu do palco e foi até Charlotte que o abraçou emocionada.

- Você fica tão gostoso falando em público, sabia? - disse arrumando a gravata dele.

- Me saí bem? Tava nervoso! - disse suspirando fundo enquanto arrumava uma mecha do cabelo de Charlotte, que se apresentaria em alguns minutos.

- Você foi ótimo, amor! Agora eu preciso mesmo me preparar.

- Tá bom! Você vai arrasar! Bom show! Te amo! - disse a beijando com cuidado para não estragar o batom da garota.

- Também te amo!

Charlotte cantou para cerca de duzentas pessoas que estavam presentes na inauguração da galeria. A estrutura era bastante aconchegante e ela havia contribuído para que a Clifford caprichasse na acústica do lugar. Seria a sua maior apresentação até então. Charlotte estava nervosa mas optou por levantar a cabeça e mostrar suas músicas para aquele público. Menos uma. Essa era muito especial e deveria ser apresentada em um momento mais íntimo.
Como Benjamin já esperava, o show de Charlotte foi um sucesso e ele teve dificuldades para se aproximar dela com Peter quando a cantora desceu do palco. Muitas pessoas queriam tirar fotos com ela e parabenizar. Mesmo que ela não quisesse, a fama seria inerente aos desejos dela. Estava em seu destino. Quando conseguiu se aproximar, ela o olhou divertida.

- Nunca tirei tanta selfie na vida. - Benjamin riu e a beijou.

- Estava maravilhosa!

- Eu também vou querer! - disse Peter já se aproximando com o celular. Benjamin revirou os olhos. - Ah, qual é? Não é todo dia que se pode tirar selfie com gente famosa.

- Eu não sou famosa, Peter! - desde que Benjamin os apresentou, a diversão de Charlotte era pegar no pé de Peter que sempre revidava com mais zoação.

- Mas vai ficar. - sorriram para a selfie de Peter e então um homem conhecido se aproximou.

- Charlotte Blake! Incrível a sua apresentação. Lembra de mim?

Charlotte sorriu e olhou confusa para Benjamin.

- É claro que sim! B.J. Chapman, de Chicago. Como vai? - disse apertando a mão do produtor do álbum da banda dos amigos. As músicas deles haviam começado a estourar no Spotify e outras plataformas e o número de shows havia triplicado.

- Depende da sua resposta! - ele sorriu abertamente.

- Ah, sobre o que? - perguntou

- Quero que cante no festival de Los Angeles como atração principal do palco Country. O que me diz?

- Espera! Você tá falando do maior festival de música da costa oeste?

- Sim. Será daqui a três meses. Se você topar, gravaremos três de suas músicas que avaliarmos como possíveis hits, divulgamos e quando chegar em Los Angeles já estará conhecida. Garanto isso!

- Nossa, fui pega de surpresa. Preciso pensar. Isso deve ter um custo alto.

- Que pensar o que, amor? É a sua chance de mostrar suas músicas pro mundo inteiro. - Benjamin a olhou desesperado. Queria muito que as pessoas ouvissem as composições de Charlotte. Ele era apaixonado em cada uma delas.

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