Um Amor de Outro Mundo

Sua boca na minha

Cirilla estava magnífica treinando meus sobrinhos, meu coração a todo momento batia acelerado, o que eu não esperava era que Aegon iria partir para cima dela. No início fiquei preocupada por nada, era como se estivesse esquecido, o quão ruim meu esposo-irmão é lutando.

Quando o treinamento acabou, sentir uma mão tocar em meu ombro direito e ao olhar, encontrei com os olhos da minha mãe me observando com uma carranca.

— Então você fugiu da septã só para vir aqui, ver aquela garota! — esbraveja apertando meu ombro com força. O que ela nunca tinha feito antes.

— Eu queira ver o treinamento, somente — Digo pegando e retirando o aperto da sua mão do meu ombro.

— Volte para as suas aulas com a septã e que não faça isso de novo — Ela sai marchando, fazendo bastante barulho com seus calçados.

Me resignando, levanto e vou para a aula com a Septã.

No caminho, vejo uma aranha com listras, suas pernas peludas e longas, a cabeça achatada com seus pelo menos seis olhos.

Com cuidado a pego na mão, estudando-a para saber se ela pode ou não ser venenosa. Impressionantemente a aranha fica parada enquanto a examino. Percebendo se tratar de uma aranha fêmea.

Volto para meu caminho, encontrando a Septã que olha para mim, com nojo e desgosto, principalmente por causa da aranha em minha mão. Continuo a aula com a septã, querendo está bem longe daqui, talvez com a compainha de Cirilla.

Somente após as aulas terminarem, que tive a oportunidade de realmente examinar todos os detalhes da aranha achada. E Depois de colocá-la junta das outras, estava saindo do meu quarto, esbarrando num corpo forte e alto, que quase me levou ao chão, porém me segurou pela cintura e novamente a voz ouço a voz de Ciri.

— Olá Helaena — a voz rouca e suave, faz meus pelos do braços se arrepiarem.

— Cirilla — Sussurro — Obrigada por não me deixar cair, pelo segunda vez — Olho para cima, vendo em seus lábios um sorriso, mostrando seus dentes brancos.

— Por mim, sempre segurarei você para não te ver cair — a seriedade em seu tom de voz, fez meu coração palpitar.

Ela me solta ao ver que recuperei meu equilíbrio, deixando sua mão em minha cintura por mais tempo do que necessário.

— Quer passear comigo? — Pergunto olhando em seu lindos olhos verdes.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Então eu aceito — pisca o olho e me oferece seu braço para que eu segure.

Andamos de braços dados, as vezes ela contava alguma coisa engraçada e a risada vinha sem que eu pudesse conter. Seus olhos brilhando tanto que poderia cegar qualquer um.

■■■

Estávamos conversando enquanto passeamos e acaba que minha mãe, nos intercede. Sua expressão demonstrando raiva e desgosto.

— O que você está fazendo andando com essa garota, Helaena?

— Passeando e conversando — pela primeira vez reviro os olhos para minha mãe, que cruza os braços.

— Não revire os olhos para mim — exclama pegando em meu braço e tentando me puxar para si.

— Solte-a agora, Alicent Hightower — a voz cheia da autoridade de Cirilla, faz minha mãe me soltar imediatamente.

— Ela irá embora comigo — mostra os dente para Cirilla que é quem revira os olhos agora.

— Helaena vai se ela quiser — levanta a sobrancelha, cruzando os braços abaixo de seus seios, seu queixo erguido orgulhosamente.

— Eu sou a mãe dela e ela deve me obedecer.

— Você está certa sobre ser mãe dela, porém Helaena não é sua posse — dar um passo para perto da minha mãe — E você não deve tratá-la como uma qualquer, só por não gostar de mim — conclui olhando para mim.

Alicent rsspira fundo — Desculpe-me Helaena, deixarei você continuar sua passeada com essa garota — Deixa um beijo em minha testa e vai embora batendo os pés com força no chão.

— Quer continuar nosso passeio? — Questiona Cirilla descruzando os braços e levantando a mão até meu rosto, para fazer uma pequena carícia na minha bochecha.

— Você aceitaria ir ver Dreamfyre comigo?

— Sério?

Balanço a cabeça dando um sorriso de lado e recebo uma resposta entusiasmada dela.

Cirilla quis ir até o fosso dos dragões num cavalo, o que eu não reclamei, pois, ela montou o cavalo e me fez sentar em sua frente, seu corpo quente e seguro atrás do meu. Ela pós o cavalo para galopar, seu senso de direção sendo muito bom. Tive que pergunta a Ciri se ela sabe onde fica o fosso e obtive uma resposta positiva dela.

Finamente chegamos e desmontamos do cavalo, pego a mão dela na minha, a guiando até onde Dreamfyre normalmente fica.

Quando paramos em frente a minha dragão, Cirilla olhou admirada Dreamfyre, seus olhos bem abertos e brilhantes, e sua boca entreaberta. Olhando para ela, deixo escapar um sorriso.

— Ela é magnífica — seu tom de admiração vendo Dreamfyre faz com que eu a olhe sorrindo. — Será que posso tocar nela? — Se dirige a mim.

— Claro — chego perto dela e nos aproximamos de Dreamfyre que aceita o toque de Cirilla.

Sinto minhas mãos suarem e meu coração acelerar, quando Ciri arrulha para Dreamfyre, passando a mão em sua cabeça.

— Helaena, você voa muito com sua dragão?

— Não, minha mãe não gosta muito de que eu voe na Dreamfyre — mordo meu lábio inferior e abaixo a cabeça.

— Que tal você me levar para voar na Dreamfyre? — sugere ficando de frente para mim e pegando minha mão na dela.

— Você quer mesmo voar comigo?

— Claro que quero. — sorrir e continua — Na verdade eu quero muitas coisas com você, não importa o que seja.

Ela leva a mão dela ao meu rosto, pegando em meu queixo e o levantando, fazendo com que eu a olhe nos olhos. Cirilla aproxima seu rosto do meu e acabo fechando meus olhos.

E antes que eu perceba sinto sua boca na minha, minha cintura sendo puxada e enrolada pelo seu braço. Meu corpo ficando bem próximo do dela e é quando sinto sua língua pedindo permissão para entra na minha boca. O que acabo concedendo-lhe, soltando um pequeno gemido.

Aprofundo o nosso beijo, levando meus dois braços a se enrolar em seu pescoço e ficando na ponta do pé, por ela ser maior. Nossos lábios se movem em sincronia, como numa dança de dois amantes, que estão se conhecendo ao mesmo tempo que parecem se conhecer a muito tempo.

Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo.