Um Amor de Outro Mundo

Ela está aqui!

A Dança dos Dragões não pode acabar como previ antes, com ela aqui, posso acabar de forma melhor com a guerra que vai se seguir.

Cirilla é a salvação da casa Targaryen. E eu preciso estar ao lado dela para isso, mesmo que eu goste da minha família, o certo é que Rhaenyra seja rainha dos seres reinos, já que a profecia de Aegon, o Conquistador irá se concretizporar com a linhagem da minha irmã.

Olho para a nova espécie de inseto que achei, observando suas características, o examinando por completo.

Meus irmãos me acham esquisita pelos meus modos e por causa do meu fascínio pelos insetos e animais peconhentos. Todavia, pelo menos o Aemond me trata muito melhor que o Aegon.

Saiu de onde estou com o inseto em mãos e não percebo que estou indo ao encontro de um corpo esguio e feminino.

Quase caiu de bando no chão, porém a pessoa consegue me segurar pela cintura. Ao olhar nos olhos da pessoa, solto sem querer um suspiro, pois, quem esbarrei foi ela, Cirilla.

— Tudo bem, se machucou? — Vejo seus lábios se movendo e aquela vontade de me encolhe ou se afastar, não aparece.

— Estou bem — balbucio sentindo um quentura em minhas bochechas.

— Ainda bem, não gostaria de machucar alguém de tamanha beleza e delicadeza — Sorrir para mim e me solta, dando dois passos para trás.

— Eu vou indo — Com a cabeça baixa, saiu correndo sem olhar para ela.

Adentro meu quarto, encostando minhas costas contra a porta e tentando não surtar.

Expiro e inspiro de dentro para fora. Não conseguindo para de ouvir aquela frase que ela falou sobre mim. Poucas pessoas diriam que sou bonita, sendo que a maioria me acha esquisita e nunca chegaram a dizer se sou bonita.

Desencosto da porta e guardo com segurança o inseto. Pego o quite de costura e começo a fazer a costura, pensando nela. De pouco a pouco faço um bordado, bordando sem pensar em algo específico.

Estava costurando, quando minha mãe adentra meu quarto olhando ao redor, até seus olhos pararem em mim. Se aproximando rápido, ela me inspeciona sem me tocar.

— Aquela garota fez algo com você? — a voz dela soa estridente.

— Nada, eu acabei esbarrando nela e quase cair, se não tivesse sido segurada — não olho em nenhum momento diretamente para ela.

— Certeza? Se ela fez ou tentou algo contra você, eu tenho que saber — mesmo sem nem olhá-la, sei o quanto ela está querendo arranjar algo contra Cirilla.

— Mãe, se ela tivesse feito algo contra mim, a senhora saberia — Digo suavemente, pois, sei que Cirilla nunca faria nada comigo.

— Certo, você viu seu irmão Aegon?

— A senhora sabe onde Aegon está, no lugar de sempre — Após falar isso, volto a costura e fico em silêncio.

Minha mãe suspira e ouço seus passos se afastando.

Na hora do jantar, a família estava reunida, mas, não completamente faltando o Aegon, que neste momento ainda deve estar se divertindo. Com cuidado observo Cirilla conversando com Jacaerys, os dois sorriam e brincavam um com outro.

Lucerys às vezes entrava na conversa, olhando admirado para Cirilla, que parecia contar histórias de suas lutas.

Em um momento de descuido, os olhos dela se direciona para mim e um sorriso surge em seus lábios. Sinto vergonha e olho para baixo, ainda sentindo seus olhos em mim.

Aemond que estava ao meu lado, coloca exitantemente sua mão em meu ombro direito, estando ele no meu lado direito.

— Está tudo bem? — Pergunta suavemente, seu toque não causando desconforto.

— Sim — Digo somente isso e volto aa ficar calada, só observando.

Penso  como seria se minha mãe,  a mando do meu avô tivesse me casado com Aemond e não Aegon. Eu seria muito mais feliz e cuidada, mesmo que Aemond também não seja a melhor opção de casamento.

Pelo menos não seria tratada como Aegon me trata e pela benção dos deuses, a única coisa boa desse casamento é que a semente de Aegon, não florescerá em meu ventre.

E isso eu tenho que agradecer ao destino, pois, foi por causa dele, que Cirilla veio para o meu mundo e mudou toda minha vida, porém as mudança só acontecerá de verdade se eu ajudar a mudar tudo junto dela.

O sol ilumina Cirilla de um jeito que a faz parecer com algo saído de um conto de fadas. Seu movimentos de ataque são rápidos e ágeis, suas pernas se movem em perfeits sincronia com seu braços.

Seus movimentos parecendo uma dança coreografada, enquanto ela ensina os filhos da Rhaenyra e as filhas de Daemon, sendo que antes ela somente treinava os meninos. Ela ensina os meninos muito melhor que Sor Criston, que está treinando meu irmãos.

O bordado que estava fazendo antes, está em meu colo, por causa da minha atenção direcionada nela.

Continuando observando o treinamento, até chegar um momento que ela faz os meninos e as meninas lutarem entre si, de forma não agressiva. O que normalmente, Sor Criston não faria se ainda estivesse treinando os filhos da Rhaenyra, colocando eles para lutarem com Aegon e principalmente Aemond que é melhor na luta que Aegon.

O ódio e desprezo que Criston tem para cima de Rhaenyra, também foi para os filhos dela. Que não tinham nada a ver, com  que aconteceu entre a mãe deles e ele.

Rhaenyra pode não ser a melhor irmã, já que ela nos ignora. Contudo, eu não acredito no que meu avô vive falando para minha mãe, de que quando Rhaenyra ascender ao trono, vai matar meus irmão e eu.

Talvez Aegon ou até mesmo o Aemond sejam exceções nisso, todavia com minha irmã sabendo sobre a profecia de Aegon o Conquistador. Tenho certeza que ela tentará evitar uma guerra que vai ou pode ocorrer por causa do trono de ferro.

Percebo que ela não está mais no campo de treinamento, somente os filhos de Rhaenyra e as filhas de nosso tio Daemon.

— Princesa Helaena — Ouço a voz suave e calmante de Cirilla perto de mim — Gostou de ver o treinamento?

Olho para meu colo, sem conseguir olhá-la diretamente.

— Sim.

A minha curta resposta, não fez ela ir embora, pois ela me contornou e se ajoelhou a minha frente, sem me tocar.

— Sabia que até agora não achei nenhuma beleza como a sua — me elogia docemente e eu a olho — E acho que será difícil ou talvez impossível de encontrar — Sorrir com um sorriso cheio de dentes e de orelha a orelha.

— Há mulheres e até homens mais bonito do que eu pelos reinos — abaixo a cabeça. — Eu sou somente a esquisita da família — Falo baixo e quase me encolho, quando sinto um toque leve em meu queixo.

— Está errada, você é muito mais do que um esquisita — Dar um sorriso levantando meu rosto — É um cristal que precisa ser lapidado, apreciado e mostrado para todo mundo como realmente é, algo precioso e único, impossível de encontrar se não procurar com muito cuidado — Ela aproxima seu rosto do meu e encosta seus lábios em minha testa — Um dia vou mostrar a você, o quanto é preciosa e única do seu jeito.

Cirilla vai embora, me deixando ali parada com somente suas palavras dóceis e que enchem meu coração de alegria.